Integrando o bom ao certo

a conexão entre virtude e razão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2024.253.10

Palavras-chave:

virtude, razões normativas, valor, disposições, raciocínio prático.

Resumo

Algumas de nossas razões para agir baseiam-se precisamente no fato de que não somos agentes completamente virtuosos. Isso revela que a visão intuitiva de que devemos fazer o que uma pessoa virtuosa faria nas circunstâncias em que nos encontramos é incorreta. Muitos interpretam isso como prova de que não existe uma conexão próxima entre virtude e razões práticas. Eu, porém, sustento que essa interpretação é equivocada. Defendo que falhar em agir conforme uma razão decisiva equivale sempre a uma falha do ponto de vista da virtude — mesmo quando a razão se baseia em defeitos de caráter. O resultado é que nossa concepção de virtude restringe os julgamentos normativos que podemos aceitar. Isso ocorre porque toda razão deve estar fundamentada em um valor compatível com a virtude. Concluo, portanto, que, embora nem sempre devamos agir exatamente como uma pessoa virtuosa agiria, precisamos sempre responder a valores que uma pessoa virtuosa poderia defender.

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Publicado

2024-11-28

Como Citar

VOGELMANN, R. G. Integrando o bom ao certo: a conexão entre virtude e razão. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 25, n. 3, p. 1–12, 2024. DOI: 10.4013/fsu.2024.253.10. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/26869. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos