Integrando o bom ao certo
a conexão entre virtude e razão
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2024.253.10Palavras-chave:
virtude, razões normativas, valor, disposições, raciocínio prático.Resumo
Algumas de nossas razões para agir baseiam-se precisamente no fato de que não somos agentes completamente virtuosos. Isso revela que a visão intuitiva de que devemos fazer o que uma pessoa virtuosa faria nas circunstâncias em que nos encontramos é incorreta. Muitos interpretam isso como prova de que não existe uma conexão próxima entre virtude e razões práticas. Eu, porém, sustento que essa interpretação é equivocada. Defendo que falhar em agir conforme uma razão decisiva equivale sempre a uma falha do ponto de vista da virtude — mesmo quando a razão se baseia em defeitos de caráter. O resultado é que nossa concepção de virtude restringe os julgamentos normativos que podemos aceitar. Isso ocorre porque toda razão deve estar fundamentada em um valor compatível com a virtude. Concluo, portanto, que, embora nem sempre devamos agir exatamente como uma pessoa virtuosa agiria, precisamos sempre responder a valores que uma pessoa virtuosa poderia defender.
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