Antígona de María Zambrano:
destemor, subversão e criação poética
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2024.252.10%20Palavras-chave:
María Zambrano, Antígona, anagnórisis, transcendência poética.Resumo
Tradução do “Prólogo” da obra de María Zambrano intitulada La tumba de Antigona. No texto, publicado originalmente em 1967, Zambrano ressignifica o mito de Antígona, atribuindo à personagem um outro destino, diferente daquele apresentado por Sófocles na versão clássica do mito. Para Zambrano, depois de enclausurada ainda viva em sua tumba, a protagonista não se mata, mas executa uma espécie de anagnórisis, de reconhecimento de si, que acontece ao passo em que dialoga com os demais personagens da história. Através de longas reflexões e de alguns diálogos, Antígona passa a pensar sobre sua própria condição e no modo como abdicou de si ao longo da sua trajetória para apoiar e defender a vida e os ideais de outras pessoas, como o pai, a cidade, os irmãos, o noivo e o rei. Antígona consegue então finalmente ter tempo para si e é nessa possibilidade que realiza o que Zambrano nomeia de transcendência poética. O texto aqui traduzido, é “Prólogo” da obra zambraniana, que anuncia uma Antígona que faz do que seria seu momento de declínio, ao ser enterrada viva, um tempo de afirmação e recriação de si.
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