Verdade e Justiça em Emmanuel Levinas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.08

Palavras-chave:

verdade, justiça, ética, ontologia, Levinas.

Resumo

Para se abordar a questão da verdade, no pensamento de Levinas, faz-se necessário procurar antes o seu fundamento que, na ética como filosofia primeira, é a justiça. Em seguida, é preciso fazer o caminho da fenomenologia levinasiana em diálogo com as fenomenologias de Husserl e Heidegger, além de passar pelo modo como Kierkegaard compreende ética. Levinas busca o Sentido dos sentidos, distanciando-se de Husserl para quem o sujeito é a fonte de todo sentido; mas também se distanciando da ontologia de Heidegger que opera uma redução de tudo ao ser, suprimindo a exceção do Outro. Se Kierkegaard descobriu a interioridade como marca indelével da subjetividade que recusa se perder na obra da totalização, ele não consegue escapar de outra violência que não compreende a exterioridade como vindo de fora de todo Sistema, deixando o ético se perder no geral. A relação ética, tal como Levinas a compreende, é, ao contrário, uma relação de único a único. A significação primeira da Verdade é de ordem ética e não se entende senão em relação com a justiça - retidão do face a face - que a ontologia traduzirá tardiamente como verdade que se mostrará no ser.

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Biografia do Autor

Ozanan Vicente Carrara, Universidade Federal Fluminense – Campus de Volta Redonda

Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental, Volta Redonda, RJ, Brasil.

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Publicado

2023-12-05

Como Citar

CARRARA, O. V. Verdade e Justiça em Emmanuel Levinas. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 24, n. 3, p. 1–11, 2023. DOI: 10.4013/fsu.2023.243.08. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/25923. Acesso em: 20 maio. 2025.

Edição

Seção

Artigos