São as katamenia a primeira potencialidade ou a primeira atualidade de um ser humano?
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2022.232.04Resumo
Nos escritos de Aristóteles sobre a biologia da embriologia, especialmente na Geração dos Animais, ele afirma que os fluidos menstruais da mãe fornecem o material para a geração da prole, e a forma do pai determina sua formação como membro dessa espécie (por exemplo, a humana). Diz-se que a katamenia (fluidos menstruais) da mãe são potencialmente todas as partes do corpo da prole, embora na verdade nenhuma delas. Assim, os fluidos são potencialmente a prole. Mas eles são uma primeira potencialidade ou uma segunda potencialidade (primeira atualidade) de um humano, na terminologia do De Anima II? Neste artigo, argumentarei que a katamenia é uma primeira potencialidade de um humano. Meu primeiro argumento é que a katamenia não tem potencial para atividades humanas como o pensamento, mas sim o potencial de se tornar algo com potencial para essas atividades. Eu respondo à objeção de que a katamenia não é nem mesmo uma primeira potencialidade, apelando para um texto importante que afirma que para qualquer x cuja fonte de devir é externa, x é potencialmente y se nada em x com relação à matéria precisa ser mudado para que um princípio externo transforme x em y.
Palavras-chave: Aristóteles, katamenia, potencialidade, atualidade, Geração dos Animais.
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