A estrutura das controvérsias científicas: a epistemologia social de Thomas Kuhn

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2021.223.06

Resumo

Mudanças de teorias são eventos centrais na ciência. Dois tipos principais de perguntas podem ser feitas em relação a eles: i) como os cientistas escolhem novas teorias? e ii) como o consenso é formado? A maior parte dos filósofos não costuma distinguir estas duas questões. Kuhn, entretanto, oferece respostas muito diferentes para cada uma delas. A escolha de teoria é explicada, por ele, por meio da aplicação de critérios epistêmicos, como precisão e consistência. O fato de que esses valores não prescrevem uma única escolha, contudo, leva-o a explicar a formação de consenso por meio de uma série de mecanismos socioepistêmicos, a saber: a pedagogia científica; a difusão e produção de conhecimento dentro da comunidade (o “movimento das ondas”); e a reestruturação do campo científico. Esses mecanismos são a base da epistemologia social de Kuhn, na medida em que não se restringem nem à sociologia nem à epistemologia, envolvendo tanto interações sociais como avaliações epistêmicas de teorias.

Palavras-chave: Thomas Kuhn, formação de consenso, epistemologia social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Pirozelli, Universidade de São Paulo

Pesquisador de Pós-doutorado na Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos Avançados

Downloads

Publicado

2021-11-01

Como Citar

PIROZELLI, P. A estrutura das controvérsias científicas: a epistemologia social de Thomas Kuhn. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 22, n. 3, p. 1–17, 2021. DOI: 10.4013/fsu.2021.223.06. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/20784. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos