Sobre a atribuição coletiva de características a artefatos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2021.223.07

Resumo

A noção comum de artefatos os caracteriza como produtos de atividades bem-sucedidas de seus fabricantes, orientadas por intenções de que tais objetos instanciassem determinadas características, tais como suas funções específicas. Diversos contraexemplos, no entanto, revelam a inadequação da noção comum. Diante dessa constatação, o artigo explora a possibilidade de que características de artefatos, e mais especificamente, a posse de suas funções, possam decorrer, ao menos em parte, de atribuições coletivas. Para atingir o referido objetivo, o artigo examina de forma crítica algumas noções e teses propostas por John Searle (1996; 2010) e outros. Seu principal resultado, no entanto, consiste em oferecer e elucidar uma tese original, a saber, que as funções de muitos artefatos seriam mantidas, parcialmente, por formas de intencionalidade coletiva contínua, que podem conter estados intencionais coletivos conscientes ou inconsciente, ativos ou inativos.

Palavras-chave: Artefatos, atribuição de função, intencionalidade coletiva, manutenção de função.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo A. dos S. Gouvea, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor do Programa de Pós-Graduacão em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Downloads

Publicado

2021-11-01

Como Citar

GOUVEA, R. A. dos S. Sobre a atribuição coletiva de características a artefatos. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 22, n. 3, p. 1–12, 2021. DOI: 10.4013/fsu.2021.223.07. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/20514. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos