A GLOSA EM TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA MIDIÁTICA DIRIGIDOS AO PÚBLICO INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.4013/6083Palavras-chave:
Glosa. Metadiscurso. Divulgação Científica Midiática.Resumo
O presente artigo apresenta as características de glosas presentes em textos de divulgação científica midiática (doravante DCM) voltados para o público infantil. Expõem-se os modos de emprego de reformulações metadiscursivas e de exemplificações, no que tange às estratégias discursivas que são acionadas para que esses diferentes mecanismos de refocalização da informação aconteçam no texto. Teoricamente, a reformulação metadiscursiva e a exemplificação são estudadas com base em Hyland (2007), que oferece o quadro classificatório e as bases analíticas para a questão do metadiscurso. Utilizam-se os pressupostos da Linguística Textual (ADAM, 2008; CAVALCANTE, 2003, 2011; MONDADA & DUBOIS, 2003) para a observação das performances semântico-pragmáticas de nomeação envolvidas no processo de glosa. Considera-se, ainda, o contrato de comunicação da mídia (CHARAUDEAU, 2006; 2008) como cenário sobre o qual se desenvolvem as estratégias metadiscursivas e exemplificativas. Para esta pesquisa, foram analisados 10 textos de DCM publicados na revista Ciência Hoje das Crianças online. Os textos são do período de outubro de 2011 a julho de 2010. Os textos foram examinados quanto a (1) classificações das glosas; (2) recursos gráficos; (3) cenografias; (4) operações sociocognitivas ativadas e (5) identidades dos sujeitos do discurso, para compreender os efeitos semântico-pragmáticos do metadiscurso e, conseguintemente, apontar as tendências. A presente investigação aponta para regularidades no comportamento de cada tipo de glosa, dentro das divisões classificatórias. Os diferentes comportamentos das glosas parecem mostrar que cada tipo classificável está ancorado a uma necessidade ou conveniência epistêmica do coenunciador, respaldada pela cenografia.
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