FILOSFIA DA LINGUAGEM: A INTENCIONALIDADE EM AUSTIN E SEARLE
DOI:
https://doi.org/10.4013/2458Palavras-chave:
Intencionalidade, sujeito, línguaResumo
Este artigo toma o conceito de intencionalidade para tratar dos posicionamentos teóricos de dois autores importantes para o quadro da filosofia da linguagem. Tomados como parâmetros para teorias linguísticas de diferentes vertentes, os filósofos Austin e Searle são comumente associados a perspectivas teóricas semelhantes, sobre um processo gradativo de construção da teoria dos atos de fala. Entretanto, como podemos observar no tratamento da noção de intencionalidade, por exemplo, o modo de percepção da realidade ‘mundo-linguagem’ é bastante diferenciado entre os dois autores, levando-os a pensarem sobre os modos de organização da linguagem, se não contraditoriamente, pelo menos como fortemente desiguais. Para Austin a intencionalidade é uma das possibilidades de inserção do sujeito na língua que, como matéria relativamente autônoma, pode produzir enunciados aos quais os sujeitos não controlam. De modo diverso, Searle vê a intencionalidade como o modo de organização da língua que, deste modo, está sujeita às arbitrariedades de um sujeito que lhe estipula a forma e a significação.
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