O discurso da memória e a identidade feminina na literatura afro-brasileira
DOI:
https://doi.org/10.4013/1150Palavras-chave:
Literatura Afro-brasileira, Identidade, Memória.Resumo
A literatura afro vem conquistando espaço no cenário cultural brasileiro através da construção de uma poética que busca trazer o negro para o centro da narrativa. A constituição dessa nova poética permite abandonar estereótipos que durante muito tempo caracterizaram o afro-descente e que ressaltavam apenas seus atributos físicos, sua sensualidade, sua fala e sua falta de inteligência. Ao abrir mão de conceitos estreitos que tendem a aumentar as desigualdades, a literatura possibilita o surgimento de personagens que se destacam não pela raça ou cor da pele, mas por uma trajetória marcada pelo sucesso, contrariando o registro encontrado na maioria de seus textos ficcionais que mostra uma imagem desvirtuada do afro-descendente, cujo processo de desumanização e subalternização se evidencia tanto na consciência negra quanto no olhar do branco. Dessa forma, o presente artigo visa analisar as relações entre identidade e memória nos romances Úrsula (1859) de Maria Firmina dos Reis, Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da memória (2006) de Conceição Evaristo e Um defeito de cor (2006) de Ana Maria Gonçalves com base nos pressupostos teóricos de Stuart Hall e Elisa Larkin do Nascimento sobre a identidade e Maurice Halbwachs a respeito da memória coletiva.
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