Práticas de Desempoderamento Docente no Cotidiano da Escola de Educação Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.4013/1205Palavras-chave:
formação de professores, poder docente, autonomia docente, cotidiano escolarResumo
Resumo
O objetivo deste artigo é o de refletir acerca do estudo práticas de desempoderamento docente em curso na escola contemporânea. Baseada nas contribuições teóricas de Contreras, Foucault, Nóvoa, Tardif, Lugli e Vicentini, o estudo teve como objetivos: identificar o funcionamento de práticas de desempoderamento docente no cotidiano da escola e investigar como essas práticas são entendidas pelos professores; analisar como essas práticas vêm sendo incorporadas ao contexto escolar. A investigação que deu origem a esta pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa em que foram entrevistados nove professores de escolas públicas em efetiva regência de classe e com tempos diferenciados de docência, através da técnica da entrevista semi-estruturada. As análises foram desenvolvidas ao redor de cinco eixos principais – saberes docentes e competência profissional; reuniões pedagógicas e ação docente; contexto escolar e valorização docente; processos avaliativos e docência; autonomia docente – e apontam evidências desse processo de desempoderamento a que se veem submetidos os docentes, além de colocarem em relevo evidências de que estes vêm exercendo sua profissão de modo individualizado e pouco cooperativo. Como contribuições à reflexão no campo da formação de professores são delineadas intenções de resistência por parte dos docentes como coletividade para o resgate da autonomia e do poder docente. Finalmente, são apontados alguns desafios a serem enfrentados pelos docentes enquanto coletividade e responsáveis socialmente pelo ensino, para que assim movimentos de valorização comecem a se instaurar no cotidiano escolar.
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