A clínica na condução de práticas escolares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2023.271.30

Palavras-chave:

Educação inclusiva, práticas pedagógicas, políticas educacionais

Resumo

O imperativo da inclusão aproximou a escola aos saberes da clínica, a partir da inserção de estudantes que frequentavam instituições ou classes de Educação Especial no ensino comum. Problematizar os efeitos desses saberes sobre os modos de escolarização, na Contemporaneidade, constitui o objetivo deste texto. Para isso, ampara-se no campo dos Estudos Foucaultianos, de onde pinça o conceito de normalização, para os exercícios analíticos sobre uma materialidade bibliográfica e documental. Os resultados apontam a ênfase nos encaminhamentos clínicos na busca por diagnósticos médicos para a definição do público da Educação Especial e para matrícula no Atendimento Educacional Especializado. Também indicam a preponderância na atuação de especialistas para o atendimento individualizado desse público, em detrimento aos processos coletivos comuns à escola. Tais práticas fazem da escola um dispositivo de vigilância constante pelo risco de desvio à norma institucional.

Biografia do Autor

Patrícia Graff, Universidade Federal da Fronteira Sul

Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (2017). Mestre em Educação nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2011). Especialista em Gestão Educacional (2010) e Graduada em Educação Especial – licenciatura plena (2008) e Pedagogia – licenciatura plena (2017), pela Universidade Federal de Santa Maria. Líder do Grupo de Pesquisa em Políticas e Práticas de Inclusão (GPPPIn), credenciado na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq). Integra o Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão (GEPI/UNISINOS/CNPq) e a Rede de Investigação em Inclusão, Aprendizagem e Tecnologias em Educação (RIIATE). Docente no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus Chapecó/SC.

Tania Mara Zancanaro Pieczkowski, Unochapecó

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora, pesquisadora e, atualmente, coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Educação (Unochapecó). Integrante da Linha de Pesquisa Diversidade, interculturalidade e educação inclusiva. Líder do Grupo de pesquisa Diversidades, educação inclusiva e práticas educativas (Unochapecó). Bolsista de produtividade em pesquisa CNPq -2

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Publicado

2023-11-06

Edição

Seção

Dossiê: Vidas (im)possíveis entre o clínico e o pedagógico