Trajetórias (Trans)formativas das Decisões: uma Análise pela Perspectiva da Tradução
DOI:
https://doi.org/10.4013/base.2020.173.01Palavras-chave:
Agência distribuída, Ontologia Relacional, Perspectiva da Tradução.Resumo
Motivados por uma agenda de pesquisas empíricas sobre decisões, buscamos entender como uma questão ou ideia é rotulada como "decisão". Com base na ontologia relacional, utilizamos a Teoria Ator-Rede e, principalmente, a perspectiva da tradução como referencial teórico. Para entender o "processo de formação e estabilização de decisões" com foco no que faz os atores agirem, realizamos um estudo etnográfico em um negócio social por 30 meses. Por meio da análise narrativa, propomos as trajetórias (trans)formativas de decisões, em que descrevemos a trajetória dessas entidades híbridas atingindo o status de fixidez relativa rotulada como "a decisão". Entendemos a trajetória como uma jornada contínua de tradução; assim, rastreamos as decisões em suas trajetórias de tradução, empacotamento e legitimação. Os elementos da tomada de decisão organizacional são re-significados como textos performativos, que entram no sistema de relações. Portanto, as decisões são (trans)formadas em uma jornada de mediação entre múltiplos atores. Quando objetivadas como textos cristalizados, as decisões se tornam performativas, porque passam a se organizar e a participar da constituição da realidade em andamento. Esse arcabouço teórico nos permitiu ampliar o entendimento processual da tomada de decisão alinhada com a ontologia relacional e a perspectiva do tempo-processo.
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