O efeito da depreciação no fluxo de caixa das operações das empresas do setor elétrico brasileiro nos anos de 2001 e 2002
Resumo
A demonstração dos fluxos de caixa, apesar de ainda não ser uma demonstração obrigatória no Brasil, facultativamente é divulgada por várias empresas brasileiras. Entretanto, ela apresenta alguns pontos contraditórios quanto à classificação, quanto às atividades. Este estudo tem como objetivo analisar o tratamento dado pelo FASB e pelo IASB para a despesa de depreciação na DFC e o efeito desse tratamento sobre o fluxo de caixa das atividades operacionais. A partir dessa análise, propõe-se um modelo alternativo para o tratamento da matéria. Esse modelo contempla um lançamento virtual de caixa em que a depreciação é deduzida do fluxo de caixa das operações e acrescida ao fluxo de caixa dos investimentos. A análise das DFC das empresas de grande porte do setor de energia elétrica do Brasil revela que o fluxo de caixa das operações destas foi preponderantemente superior ao resultado nos anos de 2001 e 2002, contrariamente ao verificado quando foi realizada a aplicação do tratamento proposto neste trabalho. Conclui-se, dessa forma, que há indícios de que o fluxo de caixa das operações dessas empresas está supervalorizado, possivelmente, em virtude da não consideração da despesa de depreciação do período na DFC.
Palavras-chave: fluxo de caixa das operações, lançamento virtual de caixa, empresas elétricas.Downloads
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