Estabilidade do coeficiente beta do setor de energia elétrica

Autores

  • Marinês Taffarel
  • Ademir Clemente
  • Luiz Panhoca

Resumo

Este artigo objetiva avaliar a estabilidade, ao longo do tempo, do coeficiente beta, usual medida de risco das ações. São analisadas separadamente as ações ordinárias (ON) e as preferenciais (PN) de dezoito empresas brasileiras do setor de energia elétrica, classificadas como estatais ou privadas, no período de Janeiro de 1999 a Junho de 2008. São quatro grupos de ações: estatais ON e PN e Privadas ON e PN, analisadas em três etapas. Na primeira etapa, é realizada análise de regressão para estimação dos coeficientes betas por meio do modelo de mercado, para períodos sucessivos de 60 meses, defasados seis meses entre si. Tendo em vista as oscilações observadas nas estimativas dos coeficientes betas, na segunda etapa, incluem-se variáveis dummies, aditivas e multiplicativas, e efetua-se regressão, utilizando o procedimento stepwise. Na última etapa é realizada Análise de Dados em Painel, primeiramente utilizando o método stepwise e, na sequência, o método enter. Os resultados da primeira etapa mostram padrão oscilatório para os coeficientes betas nos quatro grupos de ações. Na segunda fase, encontram-se evidências estatísticas da instabilidade dos coeficientes betas para os quatro grupos de ações e se observa que as ações das empresas estatais apresentam betas mais instáveis. Os resultados obtidos da Análise de Dados em Painel evidenciam a capacidade do coeficiente beta de diferenciar carteiras e de captar mudanças no cenário econômico-financeiro.

Palavras-chave: risco, ações, coeficiente beta, setor de energia elétrica brasileiro.

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Publicado

2021-05-25

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Artigos