‘Você ainda está assistindo?’ – Um estudo sobre os preditores da prática problemática de binge-watching

Autores

  • Melissa de Jesus Almeida Rocha Oliveira Universidade Federal de São Paulo
  • Luis Hernan Contreras Pinochet Universidade Federal de São Paulo
  • Vanessa Itacaramby Pardim Universidade de São Paulo
  • Marcia Carvalho de Azevedo Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.4013/base.2024.212.07

Palavras-chave:

Binge-Watching, Problematic Practice, Streaming service

Resumo

Ao implementar maneiras inovadoras de acessar a mídia, os serviços de vídeo sob demanda renovaram o conceito de assistir televisão, levando ao crescimento e popularidade do comportamento social de consumo de conteúdo em forma de maratonas, conhecido como Binge-Watching. Há um aumento nas discussões na literatura sobre os potenciais resultados adversos que podem surgir do excesso dessas maratonas. Isso ocorre porque as adversidades do uso excessivo podem afetar seus usuários nas esferas social, física e mental. Dada a relevância deste problema social, esta pesquisa visa entender os principais preditores determinantes da prática problemática de Binge-Watching. A amostra da pesquisa consistiu em praticantes de Binge-Watching (n=467). Os métodos lineares e multivariados utilizados foram a Modelagem de Equações Estruturais por Mínimos Quadrados Parciais (SEM-PLS) e a Análise de Condição Necessária (NCA). Como resultado, o estudo mostrou que a prática, associada à predisposição psicológica dos indivíduos, pode levar ao desenvolvimento de sintomas negativos semelhantes à dependência de várias tecnologias, comprometendo a vida do indivíduo tanto física quanto psicologicamente. Este fenômeno se intensificou durante a pandemia da COVID-19, quando o Binge-Watching foi usado para distrações, entretenimento e gestão de sensações negativas decorrentes da pandemia. Finalmente, esta pesquisa contribui para a proposição de um modelo teórico original sobre a prática problemática de Binge-Watching. Traz elementos para refletir do ponto de vista Ambiental, Social e de Governança (ESG), pois as empresas devem se comprometer com sua governança social, pensando em estratégias para otimizar a obtenção de lucros, no presente estudo, assinaturas, sem comprometer a saúde dos indivíduos.

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Publicado

2024-08-02

Edição

Seção

Artigos