Remuneração Executiva e Desempenho de Companhias no Mercado de Capitais Brasileiro: Evidências de Relação Negativa com Foco nos Interesses do Acionista Controlador
DOI:
https://doi.org/10.4013/base.2021.181.02Palavras-chave:
Remuneração executiva, Desempenho corporativo, Governança corporativa, Mercado de capitais brasileiro, Teoria de AgênciaResumo
Este estudo tem como objetivo analisar o relacionamento entre a remuneração executiva e o desempenho de companhias abertas brasileiras listadas no mercado de capitais brasileiro – [B]3 Brasil Bolsa Balcão. Do ponto de vista teórico, o estudo se baseia na teoria da agência com foco na perspectiva do conflito de agência do tipo principal-principal. A amostra foi composta pelas 100 companhias com maior liquidez em quantidade de negociações de ações listadas na [B]3 no período de 2010-2015, totalizando 488 observações. Foram elaboradas seis hipóteses de pesquisas e mensuradas diversas variáveis para testar a relação entre a remuneração executiva e o desempenho. Os resultados dos modelos econométricos estimados demonstram que, na amostra selecionada, a remuneração de executivos possui relação negativa com as variáveis desempenho, presença de familiares no conselho de administração, ações com direito a voto e dualidade de classes de ações, com e sem direito a voto. Verificou-se ainda uma relação negativa entre concentração da propriedade e desempenho e uma relação não significante entre remuneração de executivos e controle familiar. A síntese dos resultados indica que o modelo de governança corporativa adotado pelas companhias abertas brasileiras prioriza os interesses dos acionistas controladores ao invés da remuneração de executivos.
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