Finanças Comportamentais: Relação entre Traços de Personalidade e Vieses Comportamentais

Autores/as

  • Dinorá Baldo de Faveri Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Paulo de Souza Knupp Universidade Federal de Santa Catarina

Resumen

Estudos sobre a tomada de decisão sobre risco tiveram como principal base a Teoria da Utilidade Esperada (TUE). Contudo, evidências empíricas feitas pelas finanças comportamentais têm demonstrado que indivíduos cometem vieses no processo decisório, de forma que as decisões nem sempre visam à otimização da riqueza. Objetivando contribuir com o desenvolvimento desse tema, essa pesquisa analisou a relação entre traços de personalidade e vieses comportamentais a partir de um quase experimento com 174 estudantes de pós-graduação brasileiros. Os resultados do estudo apontam que dois traços de personalidade (consciencialidade e afabilidade) têm uma relação significativa e positiva com o viés ‘concepções errôneas da probabilidade’, enquanto que apenas o traço de consciencialidade teve relação com o viés do enquadramento. Outra observação relevante deste estudo é que o grau de instrução (mestrado ou doutorado) não teve relação com os vieses analisados, indicando que esses ocorrem independentemente do nível de pós-graduação dos indivíduos. Esses resultados, além de colaborar com o desenvolvimento do tema, são úteis para que os investidores estejam cientes de que suas características pessoais os tornam mais suscetíveis às heurísticas (atalhos mentais).

Palavras-chave: racionalidade limitada, Teoria da Perspectiva, heurísticas de julgamento, vieses de decisão.

Publicado

2018-02-10

Número

Sección

Articles