Patrimônio, valores e historiografia: a preservação do conjunto habitacional do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários - IAPI
DOI:
https://doi.org/10.4013/arq.2009.51.04Resumen
Hoje, existe a consciência de que a conservação do patrimônio cultural passou, gradativamente, em sua trajetória, de uma atividade técnica, pautada por valores predominantemente científicos, para uma atividade social e política, pautada por valores culturais fortemente contextuais. Nesse sentido, a elucidação da atividade da conservação como prática social aponta a necessidade de compreender de que forma os objetos, coleções ou edificações e lugares são reconhecidos como patrimônio. A compreensão desta atividade como uma prática social permite dizer, em última instância, que a finalidade da conservação não será mais a manutenção dos bens materiais por si mesmos, mas a manutenção dos valores neles representados. Nesse contexto, este artigo objetiva entender a relação entre a preservação do patrimônio e a historiografia, mostrando como em ambos se lida com valores capazes de determinar o que vai ser narrado e preservado. Como estudo de caso, analisa-se a trajetória e a preservação do conjunto IAPI em Belo Horizonte - MG, o principal projeto de habitação social daquela cidade e representante da atuação do Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs) dos anos 1940. O artigo mostra a alta qualidade desta produção arquitetônica, a despeito da recepção negativa da historiografia brasileira, dominada pela perspectiva do Movimento Moderno, que valoriza obras como os conjuntos da Gávea e Pedregulho, no entanto ignora quase completamente as outras variações modernas, como a produção dos IAPSs.
Palavras-chave: patrimônio, historiografia, habitação social, valores, critérios de preservação.Descargas
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