A bordo do Guaspari
DOI:
https://doi.org/10.4013/arq.2018.141.04Resumo
O presente artigo apresenta parte do processo trilhado pela modernidade da cidade de Porto Alegre, em meados dos anos de 1930, por meio da análise do edifício Guaspari, projetado por Fernando Corona, em 1936, e a sobreposição de tempos ao longo da existência deste edifício. O grande evento da Exposição Comemorativa do Centenário da Revolução Farroupilha, em 1935, e a construção de edifícios com volumes puros e fachadas desprovidas de ornamentações são alguns dos indícios da chegada dos novos tempos à capital gaúcha. O edifício Guaspari possui uma luz própria, que condensa o espírito da década de trinta, como uma das reminiscências dos pavilhões efêmeros da Exposição, permanecendo no imaginário da cidade. A referência do navio esteve presente tanto na arquitetura de Le Corbusier como no expressionismo, particularmente nos trabalhos de Mendelsohn. Com maior ou menor intensidade, o edifício Guaspari lembra a engenharia naval, com a intenção de traduzir arquitetonicamente as leis do movimento, como se flutuassem no mar do fluxo das pessoas e carros, ou acompanhassem o seu movimento. A história do edifício Guaspari é composta por três fases: a primeira consiste na elaboração, articulação de referências, aprovação e construção do projeto arquitetônico – ancorado; a segunda registra o edifício submerso em luxalon por longo período, totalmente irreconhecível – encoberto; e a terceira, o ressurgimento do Guaspari no centro de Porto Alegre – à vista.
Palavras-chave: Fernando Corona, Edifício Guaspari, arquitetura moderna em Porto Alegre.
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