A interseccionalidade e o entrecruzamento de violências epistêmicas no videoclipe ‘Mandume’

Autores

  • Lucianna Furtado Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2019.213.12

Resumo

Este artigo discute o videoclipe Mandume (2016), dos rappers Emicida, Drik Barbosa, Amiri, Rico Dalasam, Muzzike e Raphão Alaafin, e direção de Gabi Jacob, de maneira fundamentada pelo aporte teórico-metodológico da interseccionalidade. Essa abordagem é evocada pelos próprios rappers em seus versos no videoclipe, ao relatarem suas vivências dos entrecruzamentos de identidades sociais como eixos de opressão, exclusão e violência epistêmica. Para isto, é apresentada uma breve investigação da elaboração da interseccionalidade no contexto dos movimentos sociais e sua posterior incorporação pelo saber acadêmico, relacionando as contribuições de feministas negras estadunidenses às produções brasileiras sobre essa abordagem. A partir dessa fundamentação, são discutidos os relatos testemunhais dos rappers, permitindo que a interseccionalidade evidencie sua potência e as contradições no conjunto do videoclipe.

Palavras-chave: Interseccionalidade. Racismo. Feminismo negro.

Biografia do Autor

Lucianna Furtado, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM-UFMG) e Mestra em Comunicação Social pela mesma instituição. Integrante do CORAGEM - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Raça e Gênero.

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Publicado

2019-11-05

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres