Standard English & World English: entre o siso e o riso

Autores

  • Ana Antônia Assis-Peterson Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá
  • Maria Inês Pagliarini Cox Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá

Resumo

O uso do inglês gramaticalmente incorreto por falantes estrangeiros, em sala de aula ou fora dela, é comumente visto como reprovável. Muitos professores de inglês têm no falante americano ou britânico culto o modelo a que seus alunos devem aspirar. A crença na propriedade gramatical pode se manifestar de diferentes modos na sociedade, e equívocos no uso do inglês padrão podem desencadear escárnio público ou serem vistos como índice de baixa escolaridade. Analisando um evento de fala recente no Brasil – uma entrevista midiática pelo técnico Joel Santana na qual suas respostas em “portinglês” a um jornalista estrangeiro se tornaram alvo de derrisão –, nosso artigo indaga se o “inglês padrão” é, de fato, o melhor modelo a ser perseguido em sala da aula. Inicialmente, examinamos as limitações da tese do imperialismo para explicar a ubiquidade da língua inglesa; então passamos para as teses da mundialização e glocalização. Argumentamos que o uso criativo do inglês (ou impróprio, na opinião de seus críticos) por Joel Santana é um caso de “glocalidade”. Finalmente, concluímos sugerindo que padrões menos rígidos de aprendizagem de língua poderiam evitar sufocar as capacidades dos alunos, e deixá-las florescer em um ambiente a que possam se relacionar.

Palavras-chave: Ensino e aprendizagem de inglês, Standard English e World English, repertórios superdiversos.

Biografia do Autor

Ana Antônia Assis-Peterson, Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá

Professora do Departamento de Letras e do Programa de Mestrado Estudos de Linguagem

Maria Inês Pagliarini Cox, Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá

Colaboradora No Programa de Mestrado em Estudos de Linguagem

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Publicado

2013-08-29

Como Citar

Assis-Peterson, A. A., & Cox, M. I. P. (2013). Standard English & World English: entre o siso e o riso. Calidoscópio, 11(2), 153–166. Recuperado de https://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/cld.2013.112.05

Edição

Seção

Artigos