Questões Transversais
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Unisinospt-BRQuestões Transversais2318-6372<span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span><br /><ol type="a"><br /><li><span>Autores mantém os direitos autorais e concedem à Questões Transversais - Revista de Epistemologias da Comunicação o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</span></li><br /><li><span>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. </span></li><br /><li><span>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).</span></li><br /></ol><div><span style="color: #4b4f56; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; white-space: pre-wrap; background-color: #f1f0f0;"><br /></span></div>De novo, Barthes?
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<p>Partimos de uma articulação entre o percurso e o discurso de Roland Barthes, destacando aspectos de seu pensamento que podem contribuir com os estudos comunicacionais atuais. Ao articular com o contexto contemporâneo marcado sobretudo pelos ditames do consumo, da viralização e da automação, o presente artigo revisita algumas problemáticas barthesianas, frutíferas para pensar a contemporaneidade, a exemplo da morte do autor, do acontecimento mediático e do mito. Trabalhamos tais conceitos à luz de tensões atuais em torno da digitalização da cultura e de alguns de seus principais fenômenos: multiplicação de emissores, redes sociais digitais e ferramentas de Inteligência Artificial. A obra de Barthes convoca<br>múltiplos deslocamentos investigativos e aponta para mudanças de paradigma, sempre confrontando o status quo do fazer científico e a hegemonia política e cultural de seu tempo.</p>Giovandro Marcus FerreiraBruna Couto Rocha
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132408Desafios e oportunidades para o desenvolvimento da comunicação digital em Moçambique
https://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/28961
<p>O artigo analisa a evolução da comunicação digital em Moçambique e o impacto de tecnologias emergentes — Inteligência Artificial, blockchain e aplicações imersivas — no ecossistema comunicacional. A revisão bibliográfica evidencia tensões entre inovação tecnológica e limitações estruturais, como desigualdades de acesso, baixa literacia digital e fragilidades institucionais. Os resultados mostram que a digitalização integra expansão de plataformas, práticas culturais próprias e dependência de infraestruturas globais. Conclui-se que o potencial transformador das tecnologias depende da articulação entre infraestrutura, capacitação, regulação e produção cultural local, tornando a comunicação digital uma dimensão estratégica para o desenvolvimento sustentável no contexto moçambicano</p>Júnior RafaelAline Roes Dalmolin
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132404A construção e análise do corpus no estudo de fenômenos em plataformas
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<p>Este trabalho propõe discutir o problema da construção do corpus e da captação dos dados de análise no estudo de fenômenos relacionados às plataformas, em particular aqueles vinculados a aspectos da vida musical. Com esse objetivo, propõe-se percorrer os limites e as interseções entre a semiótica das mediações, a etnografia digital e a ciência de dados.</p>Santiago Videla
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132406Processo de midiatização e visibilidade
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<p>Em 20 de fevereiro de 2025, o Governo Federal anunciou a suspensão de novas contratações de financiamentos subvencionados pelo Plano Safra 2024/25, desencadeando reações imediatas por parte dos Stakeholders do agronegócio. O presente texto analisa as estratégias de comunicação adotadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, órgão responsável pela mediação entre o governo e os agentes do setor agropecuário, frente à suspensão dos recursos. Os canais de comunicação digital do órgão foram analisados com base na metodologia de Análise de Conteúdo. Constatou-se que as estratégias de noticiamento refletem a influência do processo de midiatização sobre as ações institucionais e que a articulação entre visibilidade e invisibilização demonstra o reconhecimento e a apropriação de dinâmicas midiáticas pelo órgão.</p>Milena Carolina de AlmeidaCaroline Kraus Luvizotto
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132402 Entre humanos e máquinas
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<p>Este texto analisa, em perspectiva metateórica, como a inteligência artificial e os algoritmos das plataformas digitais reconfiguram os processos de significação e circulação do conhecimento na sociedade midiatizada. A partir de autores como Ferrara, Braga, Gillespie, Luhmann e Fourcade, argumenta-se que os algoritmos operam como dispositivos simbólicos e classificatórios que moldam a visibilidade, a relevância e os regimes de verdade nos ambientes digitais. Discutem-se ainda os limites da comunicabilidade com sistemas não humanos, os efeitos da racionalidade algorítmica sobre a produção de sentido e as tensões entre previsibilidade técnica e invenção comunicacional. Ao final, propõe-se compreender essas tensões como um caminho para interpretar criticamente os impactos da IA na comunicação contemporânea.</p>Jullena NormandoLuiz Signates
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132407 Anotações sobre o narrador midiatizado
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<p>O artigo atualiza e amplia reflexões em torno do conceito de narrador midiatizado. A hipótese central é que a processualidade da midiatização, ao afetar as narrativas, acaba por interferir também em sua estrutura discursiva. Provoca, assim, a emergência do que estamos chamamos de narrador midiatizado, que sucede, em temos evolutivos, aos narradores moderno, de Benjamin (2012), e pós-moderno, de Santiago (2002). A abordagem é tipológica,<br />ligada à natureza essencial do extrato narrativo, e topológica, relacionada ao lugar situacional que o narrador midiatizado é encontrado. Metodologicamente, com Ferreira (2013), propõese superar a epistemologia dos “objetos separados” e se buscar camadas mais profundas de significação. A reflexão será ilustrada com análise dos programas do youtube “Buenas Ideais” e “Porta dos Fundos”.</p>Demétrio de Azeredo Soster
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132403Interseccionalidade na imprensa
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<p>O jornalismo brasileiro ainda reflete uma estrutura cisheteronormativa, masculina e branca, o que se manifesta na composição das redações e nos discursos produzidos. A partir do conceito de interseccionalidade (Crenshaw, 2002), este artigo analisa os dados das pesquisas Perfil Racial da Imprensa Brasileira e Perfil do Jornalista Brasileiro, identificando a subrepresentação de jornalistas negros e LGBTQIA+. A pesquisa utiliza a técnica de análise de conteúdo (Bardin, 1997) para examinar a forma como esses estudos mapeiam a diversidade na profissão. O trabalho pretende contribuir com os estudos de gênero e raça presentes no Jornalismo e colaborar para um diagnóstico no campo profissional, podendo servir de alerta para entidades sindicais e empresas do campo jornalístico.</p>Cíntia Moreira GomesJosé Ilton Porto
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132405Midiatização e apedrejamento post mortem
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<p>Sob a perspectiva de midiatização enquanto fenômeno ligado ao poder, à hegemonia cultural e à dominação simbólica, este artigo busca compreender o processo de perpetuação das estruturas de violência, estereotipação e racismo que permeiam a sociedade brasileira, tendo a mídia enquanto mecanismo que não apenas reflete, mas também reforça e naturaliza as<br>desigualdades sociais, perpetuando a desumanização de corpos negros e pobres. Para tal, o estudo busca articular conceitos como bios midiático, de Muniz Sodré, e alienação da vida cotidiana, em Ágnes Heller, ao processo histórico de construção de ideologias racistas, desembocando no que chamamos de apedrejamento post mortem, ou seja, a morte das reputações (na mídia) de vítimas da letalidade policial.</p>Alexandro Chagas Florentino
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132401 A imagem em circulação
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<p>Este estudo baseia-se em um corpus de notícias retiradas dos portais UOL e G1, coletadas através do Google, para analisar como essas mídias digitais trataram dois episódios: a seca e os incêndios florestais no Brasil (agosto de 2024) e os incêndios na Califórnia, nos Estados Unidos (janeiro de 2025). O evento brasileiro é examinado considerando a tendência de banalização do fato (Mouillaud, 2002). A pesquisa busca entender como a mídia digital enquadrou tecnicamente as imagens ligadas aos acontecimentos e, por meio de uma análise inferencial, descrever o fenômeno da estiagem. Ao ser incorporada à circulação midiática (Braga, 2012), a estiagem pode ser reinterpretada por meio do reenquadramento do acontecimento, dentro de um contexto de diferenciação (Fausto Neto, 2018).</p>Marco Antônio de Oliveira Tessarotto
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2025-12-272025-12-2713110.4013/qt.2025.132409