Recuperação econômica e emprego formal: avaliação para o Nordeste brasileiro entre 2000 e 2008

Autores

  • Luís Abel da Silva Filho Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Silvana Nunes de Queiroz Universidade Regional do Cariri

DOI:

https://doi.org/10.4013/1297

Resumo

Desde as últimas duas décadas do século XX, a economia brasileira passa por profundas transformações estruturais e conjunturais que comprometeram a sua capacidade de gerar empregos formais. Com a retomada do crescimento econômico, a partir de 2003, o mercado de trabalho brasileiro deu sinais de recuperação. Este artigo investiga em
que medida a região Nordeste foi beneficiada com a geração recente de empregos formais, além de averiguar o perfil desses postos de trabalho. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) apontam expressivo aumento no número de ocupações formais no país (9.732.062) entre 2000 e 2008, com 13,20% dessas novas vagas localizadas no Nordeste (1.842.162). Tal região, em 2008, concentrou40,33% de suas ocupações no setor de serviços, em estabelecimentos de micro porte (87,51%), sendo essas vagas ocupadas predominantemente por mão de obra masculina (66,78%), que possui entre 18 e 24 anos (81,31%) e com o ensino médio completo (71,03%), recebendo, em sua maioria (70,91%), no máximo até 1 salário mínimo. Evidencia-se que a região Nordeste aumentou o estoque de empregos ao longo dos anos 2000, porém, essas ocupações são seletivas por sexo, idade e escolaridade, além de precárias, uma vez que se observa alta rotatividade e baixos salários, apesar da melhora no nível educacional de sua mão de obra.
Palavras-chave: emprego formal, saldo de vagas, Nordeste.

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Publicado

2011-07-01

Edição

Seção

Artigos