Intelectuais, literatura e imprensa no pós-golpe
Resumo
A cultura e as artes sofreram os impactos diretos do golpe militar sobre suas produções, a partir de 1964. Apesar da repressão e da censura, a atividade de intelectuais e artistas no pré-1964 não foi interrompida ou estagnada, mas assumiu força ainda maior em virtude da presença do controle e do cerceamento dos órgãos de repressão frente à liberdade de criação e de pensamento. Como em muitos setores da produção cultural, a literatura assumiu um papel fortemente combativo das arbitrariedades do regime e se destacou ao colocar em pauta “projetos de resistência” a partir de elementos-chave de representação, tal como transcorreu na elaboração e circulação das obras Pessach: a travessia, de autoria do jornalista Carlos Heitor Cony, e Quarup, de autoria do jornalista Antonio Callado. Os dois romances propiciaram um amplo debate sobre a forma narrativa e os alcances do engajamento na literatura da década de 1960, a exemplo dos embates entre Paulo Francis e Ferreira Gullar, nas páginas da Revista Civilização Brasileira, que serão tematizados neste artigo.
Palavras-chave: literatura, imprensa, intelectuais, ditadura militar, engajamento, esquerdas.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista História Unisinos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista História Unisinos acima explicitadas.