Flora local, consumo e circulação na Corte fluminense de Debret, 1816-1831
DOI:
https://doi.org/10.4013/hist.2023.273.03Resumo
A história da América portuguesa durante a primeira metade do século XIX é marcada por diversas transformações que têm como marco inicial a chegada da Corte de D. João VI ao que era até então a principal colônia de Portugal e seu estabelecimento na cidade do Rio de Janeiro. No bojo desse processo, uma série de investimentos de cunho social e cultural foram feitos, entre os quais se destaca a vinda da Missão Artística Francesa, grupo que esteve diretamente envolvido no projeto de ressignificação e europeização da nova sede da monarquia, mas que, para além, disso forneceu, através de sua produção, importantes impressões para a reflexão sobre a conjuntura do território. Este artigo propõe analisar, através da obra “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, de Jean-Baptiste Debret, como o pintor francês apreendeu e representou o território brasileiro, por meio de espécies naturais, formas de consumo e costumes locais. Dando ênfase nos conceitos de circulação de conhecimentos (Kury, 2013; Raj, 2007), civilidade (Elias, 2011) e distinção (Bourdieu, 2007), interessa-nos a perspectiva exposta por Debret sobre a realidade social local, em especial no que se refere aos hábitos alimentares por ele registrados. Metodologicamente, valemo-nos da análise de conteúdo conforme proposta por Bardin (2016) visando construir uma interpretação crítica, contribuindo para uma análise sistêmica e direcionada das fontes indicadas.
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