Os caminhos das plantas
redes informais e auto-organizadas de produção e circulação de conhecimento no Império português
Resumo
A partir da década de 1680 e até o final do século XVIII, as autoridades imperiais portuguesas voltaram suas atenções cada vez mais para o Atlântico Sul e a África ocidental. No entanto, isso não significou o fim das redes de circulação pelas quais circulavam pessoas, mercadorias e conhecimento e que, desde meados do século XVI, conectaram a Europa, América, África e Ásia. Reconfiguradas e com um novo centro gravitacional, essas redes promoviam a circulação do conhecimento produzido a respeito do mundo natural. Devido à grande variabilidade biótica das possessões imperiais havia grande interesse, por parte dos agentes coloniais, na virtualmente inesgotável diversidade botânica e seu grande potencial econômico. Produzido por uma grande diversidade de agentes, este conhecimento circulou pelas complexas redes, formais e informais, que constituíam os canais de comunicação imperiais. Este artigo procura compreender estes mecanismos de produção e circulação de conhecimento sobre plantas, a partir da ação dos indivíduos, tanto no seio de redes informais e auto-organizadas quanto no âmbito das instituições oficiais, sejam elas de natureza religiosa, política, militar ou acadêmica. Nesse sentido, nossas principais questões de partida são: como eram formadas estas redes? A que contextos sociais, geográficos, culturais, políticos e epistemológicos estiveram relacionadas? Qual foi o seu papel na circulação e produção do conhecimento? Para respondê-las, analisaremos as trajetórias de diversos agentes históricos que as formavam, o tipo de conhecimento que produziram e a forma como estavam articulados com as instituições imperiais.
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