Os ipesianos no poder (1964-1967)

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DOI:

https://doi.org/10.4013/hist.2023.272.08

Resumo

O artigo tem como objetivo identificar e analisar a presença política de empresários e de tecnoempresários associados e parceiros do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) e sua área de influência em instâncias importantes do Estado brasileiro, no período de 1964-1967, governo Castello Branco. Trata-se das empresas estatais federais nas quais membros e associados do IPES ocuparam os cargos de direção. O IPES foi uma entidade empresarial rica e sofisticada que desenvolveu ações e estratégias, lícitas e ilícitas, a fim de criar as bases de oposição que pudessem desestabilizar e esvaziar o governo João Goulart (1961-1964), que estava criando medidas que atingiam diretamente os interesses econômicos do capital. A conclusão central é que a presença e a participação formal de frações de classe nos aparelhos estatais implicaram o controle do Estado e a garantia de sua influência sobre o processo decisório, que atendia aos interesses econômicos de sua classe. Para isto, foram analisados detalhadamente os documentos produzidos pelo IPES, custodiados no Arquivo Nacional e no CPDOC/FGV, e os dados das estatais e de suas direções, que foram levantados pelo Acesso à Informação, cotejando-os com outras fontes primárias, como artigos e bibliografias.

Biografia do Autor

Elaine de Almeida Bortone, CEDERJ/Universidade Federal do Esta- do do Rio de Janeiro (UNIRIO).

CEDERJ/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Centro de Ciências Humanas e Sociais. Escola de História, Curso de Licenciatura em História EAD. Av. Rio Branco, 135/12o andar/ sala 1.209 – Centro – Rio de Ja- neiro – RJ.

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Publicado

2023-06-21

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Artigos