Qualidades na historiografia: notas sobre as hierarquias das qualidades usadas para designar os chefes praticantes das atividades manuais e mecânicas nos Mapas Populacionais de Minas Gerais, 1831-1832

Autores

  • Rodrigo Castro Rezende Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.4013/hist.2022.261.04

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as qualidades atribuídas à população de Minas
Gerais através dos Mapas Populacionais, de 1831 e 1832, que se encontram digitalizados
pelo CEDEPLAR/UFMG. Esta documentação, riquíssima em dados demográficos, foi
desenvolvida com a finalidade de se construir um extenso levantamento sobre a população
mineira do período em apreço. Os dados levantados serão cotejados com diversas pesquisas
feitas sobre as qualidades das populações em todo o Brasil Colonial e Imperial, levando-se
em conta a posição dos chefes dos domicílios, mais especificamente aqueles que estavam
em atividades manuais e mecânicas. Desenvolver-se-á, assim, uma análise mais detida
a respeito de três qualidades: brancos, crioulos e pardos/mulatos. Pela historiografia, os
termos designados aos atores históricos constituíam uma certa hierarquia, balizada pela
“condição legal”, principalmente. Com isso, o presente estudo pretende preencher algumas
lacunas existentes e questionar como os estudos historiográficos sobre as qualidades e as
mobilidades sociais têm sido interpretados. A meu ver, estas pesquisas foram analisadas
sempre de modo generalizante, escapando aos leitores questões específicas relacionadas
ao espaço, ao tempo e às fontes utilizadas nas pesquisas.

Biografia do Autor

Rodrigo Castro Rezende, Universidade Federal Fluminense

História da África, Diáspora africana, Escravidão no Brasil (séculos XVIII e XIX) e processo de crioulização

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Publicado

2022-04-02

Edição

Seção

Artigos