Cianobactérias e outros componentes das esteiras microbianas lisas da lagoa Pitanguinha, Região dos Lagos, Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • Cynthia Moreira Damazio-Iespa
  • Loreine Hermida da Silva e Silva
  • Anderson Andrade Cavalcanti Iespa

Resumo

A lagoa Pitanguinha (22o55´42" e 22o56´00" S/42o20´45" e 42o21´30" W) faz parte de um conjunto de pequenos corpos lagunares que caracterizam o litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, próximo ao município de Araruama, geneticamente relacionados ao último evento glacial do Quaternário. O avanço da urbanização e da atividade salineira tem ameaçado seu equilíbrio, processo ampliado pelas condições semi-áridas do clima atual, com índices pluviométricos anuais em torno de 900 mm e temperaturas entre 19ºC e 31ºC. O estudo aqui realizado mostra que as esteiras microbianas lisas são estratificadas e dominadas, no estrato superficial, por cianobactérias filamentosas. Synechococcaceae Komárek e Anagnostidis, 1995 é a família mais bem representada e Lyngbya aestuarii Liebman ex Gomont (1892), a espécie mais comum entre as cerca de trinta e sete identificadas. Restos esqueletais de moluscos, foraminíferos e ostracodes constituem fonte do carbonato de cálcio e, junto com os grãos de sedimento, estão sujeitos a ação química e física das cianobactérias que originam a estruturação das esteiras. Esta condição atesta as cianobactérias como produtoras primárias e situadas na base da cadeia alimentar dos estromatólitos.

Palavras-chave: Cyanobacteria, esteira microbiana lisa, lagoa hipersalina, Brasil.

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Publicado

2021-06-08

Edição

Seção

Artigos