Novos materiais de Propraopus Ameghino, 1881 (Mammalia, Xenarthra, Cingulata) do Pleistoceno final, Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Vanessa Gregis Pitana
  • Ana Maria Ribeiro

Resumo

Propraopus Ameghino, 1881, constitui um gênero de Dasypodidae amplamente distribuído durante o Pleistoceno na América do Sul. No Brasil, seus restos já foram identificados em inúmeras localidades situadas em diferentes latitudes entre o Pleistoceno final e o início do Holoceno. Este trabalho discute novos materiais referentes a este táxon para o Rio Grande do Sul, que durante o final do Pleistoceno se distribuía desde a costa até o extremo oeste, na fronteira com a Argentina e Uruguai. Os restos fósseis compõem-se basicamente de osteodermos isolados de regiões fixa e móvel da carapaça. As morfologias presentes compartilham um conjunto de aspectos que os aproximam daqueles presentes em Propraopus grandis Ameghino, 1881, espécie típica da Região Pampeana da Província de Buenos Aires, Argentina. O registro de P. grandis em todo o Pleistoceno da Argentina e sua ocorrência no RS em localidades de distintas idades durante o Pleistoceno final, período caracterizado por distintos climas e cobertura vegetal, sugere que este táxon deveria apresentar importante plasticidade ecológica e climática. Durante o final do Pleistoceno, as áreas do sul do Brasil estiveram sujeitas a um condicionamento climático de maior frio e seca, mais próximo daquele próprio de latitudes médias e altas da América do Sul, do que o úmido e aquecido dos cinturões tropicais.

Palavras chave: Dasypodidae, Propraopus grandis, osteodermos, Pleistoceno final, Brasil.

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Publicado

2021-06-08

Edição

Seção

Artigos