Aspectos sistemáticos, paleobiogeográficos e paleoclimáticos dos mamíferos quaternários de Fazenda Nova, PE, nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/5066Resumo
Os mamíferos fósseis de Fazenda Nova, na região Nordeste do Brasil, são representativos de um intervalo mais antigo que a transição Pleistoceno- Holoceno. Incluem Xenarthra, Glyptodontidae, Glyptatelinae (representado por Pachyarmatherium sp.), Glyptodontinae, Glyptotheriini, Hoplophorinae gen. et sp. indet., Pampatheriidae (representado por Holmesina cf. H. paulacoutoi), Megalonychidae gen. et sp. indet., Megatheriidae (Eremotherium laurillardi), Notoungulata, Toxodontinae (representado por Toxodon sp.) e Proboscidea (cuja forma conhecida é Stegomastodon waringi). Registra-se e discute-se neste artigo a ocorrência inédita de representantes da tribo norteamericana Glyptotheriini no Brasil, bem como do gênero Pachyarmatherium no Estado de Pernambuco, e se apresenta o histórico do tratamento taxonômico do táxon Chlamydotherium. Datações por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) nos sedimentos e por Ressonância Paramagnética Eletronica (EPR) nos dentes associados de Stegomastodon posicionam a fauna de Fazenda Nova entre 58.900 e 63.800 anos AP, equivalente ao estágio isotópico IOS 3 e ao evento interstadial wisconsiniano médio, registrado na região andina norte da América do Sul. O conjunto da fauna mostra afinidades com outras do sudeste e nordeste do Brasil e a presença de Glyptotheriini e Pachyarmatherium, com aquelas do norte da América do Sul, da América Central e do sul da América do Norte, e sugere condições de clima quente e úmido para a época da deposição.
Palavras-chave: mamíferos, Pleistoceno Superior, taxonomia, paleoclima, datações EPR e LOE, Brasil.Downloads
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