LEITURIZAÇÃO, “ALIMENTO BÁSICO” PARA A ALFABETIZAÇÃO CONTÍNUA
DOI:
https://doi.org/10.4013/92Palavras-chave:
Leiturização. Tradução cultural. Bens simbólicos. Alfabetização. Formação de professores.Resumo
O presente texto aborda a possibilidade de tradução cultural de leiturização (concepção literária para a aproximação dos estudantes da leitura defendida por Jean Foucambert, na França) em solo brasileiro. Optou-se, esteticamente, por uma escrita que estabelece uma analogia entre a literatura e o “feijão-com-arroz”, já que ambos são tratados como coadjuvantes em seus campos respectivos: culinária e educação. O feijão-com-arroz, ao contrário de suas versões refinadas, citadas em encartes turísticos, está sendo difundido como um meio de suprir carências nutricionais de forma econômica, e não, como a combinação típica de maior aceitação popular no País. A literatura tem sido relegada a ser instrumento no processo de alfabetização, e não, como base e objetivo do encontro com as letras. Assim, o Brasil continua produzindo, continuamente, representações gastronômicas e educacionais questionáveis. Se a falta de reconhecimento do status do feijão-com-arroz pode ser relevada sem danos aos consumidores, a falta de conhecimento sobre o poder tácito da literatura não pode, pois a não aquisição da língua escrita pode significar perda de voz e de poder no mundo capitalista. Além disso, tanto para a feitura da duplinha básica da culinária quanto para a geração de pessoas alfabetizadas, são necessários profissionais que tenham “mão” para a coisa.
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