Mulher e educação na República Velha: transitando entre o discurso histórico e o literário
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2009.131.4927Resumo
Este trabalho, vinculado ao grupo de pesquisa HISTEDBR/GT-PB e ao projeto de pesquisa “Educação e educadoras na Paraíba do século XX: práticas, leituras e representações”, tem por objetivo compreender os significados do magistério e da educação feminina na República Velha a partir das representações de mulher correntes na sociedade brasileira nesse período. A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica, com análise de duas obras, A educação nacional, de José Veríssimo Dias de Matos, publicado em 1890 e reeditado em 1906 com o acréscimo do capítulo A educação da mulher brasileira, e o romance O quinze, de Raquel de Queiroz, publicado em 1930, que tem como personagem principal a professora Conceição. A pesquisa se inscreve nos Estudos de Gênero e nos pressupostos teórico-metodológicos da Nova História Cultural. Embora no período em estudo o incentivo ao magistério feminino e à educação da mulher fosse justificado pela associação desta à representação de mãe, esposa e dona-de-casa, primeira e principal educadora dos futuros cidadãos, as obras analisadas também desvelaram a incipiente inserção feminina num processo social mais amplo, com as mudanças no comportamento da mulher e a paulatina conquista do espaço público, avanços ligados ao acesso das moças à continuidade da educação escolar e ao mercado de trabalho por meio do magistério.
Palavras-chave: magistério, educação feminina, República Velha.Downloads
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