Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253
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<p>A Revista de Filosofia <em>Controvérsia</em> (Qualis CAPES A4), fundada em 2005 pelo curso de Filosofia da UNISINOS (RS), tem por objetivo estimular a produção e divulgação de pesquisas de cunho filosófico feitas pela comunidade acadêmica. A revista tem periodicidade quadrimestral (publicações anuais em abril, agosto e dezembro), fluxo contínuo e aceita contribuições originais, resenhas, entrevistas e traduções. Trabalhos em língua estrangeira são igualmente bem-vindos.</p>Universidade do Vale do Rio dos Sinospt-BRControvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-52531808-5253<p>Concedo à <strong><em>Controvérsia</em></strong> o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).</p> <p>Afirmo, ainda, que meu artigo não está sendo submetido para outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.</p> <p>Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da <strong><em>Controvérsia</em></strong> acima explicitadas.<br /><br /></p>Tradução do original: “And the last shall be first’: the master-slave dialectic in Hegel, Nietzsche and Fanon”
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<p class="RC-TextodoResumo">Esse artigo compara as ideias de Hegel, Nietzsche e Fanon sobre a dinâmica e o resultado das relações de dominação e subordinação. Ao examinar a visão dos autores em vários aspectos sobre estas relações – por exemplo, o significado do Outro, os papéis do ressentimento e do trabalho, e a relevância envolvendo a agressão – o artigo identifica diferenças e semelhanças nas respectivas discussões. As comparações levam à conclusão de que, apesar de haver diferenças fundamentais nas ênfases, nas análises e nas perspectivas políticas adotadas, os três escritores concordam com a eventual libertação dos subordinados.</p>Bräulio Marques Rodrigues
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2025-04-272025-04-2721120622710.4013/con.2025.211.12Tradução do original de "What plants are saying about us? Your brain is not the root of cognition", de Amanda Gefter
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<p class="RC-TextodoResumo">Esta é uma tradução do texto "What are plants saying about us?" (O que as plantas estão dizendo sobre nós?) publicado originalmente pela Nautilus Science Magazine. O texto explora as complexas capacidades das plantas, usando-as para desafiar visões tradicionais das ciências cognitivas sobre a mente humana. Com base no trabalho de Barret e Calvo, a autora explica que as plantas têm habilidade de responder ao seu entorno com comportamento inteligente, e isso nos permite questionar se neurônios são necessários para haver cognição. Calvo defende que não. No texto, à medida que as capacidades e ações das plantas vão sendo relatadas, questionamos cada vez mais suposições como: a necessidade do cérebro e/ou representações mentais para haver cognição. Assim, a autora apresenta, de forma clara e introdutória, uma crítica ao modo de pensar a cognição a partir da analogia com o funcionamento de máquinas, em favor da compreensão de seres vivos a partir das ideias da cognição corporificada, estendida, integrada e enativa (4E) e da psicologia ecológica.</p>Vitória Biscaro CoelhoNara Miranda FigueiredoPaulo Sérgio de Figueiredo
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2025-04-272025-04-2721122824610.4013/con.2025.211.13Resenha de "Widmer E. T., Left-Kantianism in the Marburg School"
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<p class="RC-TextodoResumo">Escrito por Elizabeth Widmer e publicado em 2024 pela editora De Gruyter, <em>Left-Kantianism</em> <em>in the Marburg School </em>é o décimo terceiro volume da série <em>New Studies in the History and Historiography of Philosophy</em>, cujo objetivo é reavaliar a história da filosofia moderna e contemporânea ocidental. Nele, Widmer defende que a expressão <em>Left-Kantianism </em>ou “kantianismo de esquerda” é mais adequada para identificar as divergências teóricas no entorno da filosofia política dessa corrente de esquerda do que o termo “socialismo ético”. Segundo Widmer, o kantianismo de esquerda, originado no neokantismo marburguiano, se caracteriza como um movimento filosófico que visava renovar a metodologia crítica de Kant para a crítica ao capitalismo. Penso que a principal contribuição da obra é revitalizar o estudo do kantismo de esquerda, demonstrando como ele ainda pode fornecer uma base interessante para a crítica social e política, além de oferecer novas perspectivas sobre a dimensão normativa do neokantismo marburguiano, que contrastam com a visão que historicamente atribuiu ao movimento um caráter logicista e cientificista.</p>Leonardo Pança
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2025-04-272025-04-2721119420510.4013/con.2025.211.11Uma questão de juízo
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<p>Apresentamos a leitura de Hannah Arendt acerca da <em>Crítica da Faculdade do Juízo</em> de Immanuel Kant para a construção do que a autora chamou de atividade do julgar. Nosso ponto de partida está centrado nas indagações apresentadas por Arendt após o julgamento de Eichmann, ao tratar da superficialidade do pensamento do oficial nazista. Como hipótese, apresentamos a lacuna reflexiva de Eichmann como falta de integração entre entendimento e imaginação, capaz de possibilitar um pensamento "ampliado" ou "alargado", características da faculdade de julgar kantiana. Ademais, este artigo tem como objetivo analisar a convergência entre o juízo estético de Kant e a atividade do julgamento de Arendt. Para isso, serão analisadas as obras de ambos os autores, com foco na concepção de juízo estético e na formação do pensamento alargado. Concluímos que a subjetividade e a liberdade de pensamento promovidas pelo juízo estético kantiano, se aplicadas conforme proposto por Arendt, possibilitam uma alternativa a situações em que as normas e regras não são suficientes para orientar o julgamento.</p>Cleiton Marcolino Isidoro dos SantosAline Maria Ribeiro-Cantú
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2025-04-272025-04-27211062410.4013/con.2025.211.01Entre Ironia e Dialética
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<p>Neste trabalho, investigamos a relação ambígua de Kierkegaard com a tradição romântica na obra <em>O Conceito de Ironia</em>. Argumentamos que, por um lado, Kierkegaard mantinha-se fiel à crítica hegeliana à ironia romântica, compreendida como uma hipóstase da subjetividade e da fantasia descontrolada e, por isso, incapaz de refletir sobre seu enraizamento histórico. Nesse sentido, concentramo-nos em sua crítica ao romance <em>Lucinde</em>, de Friedrich Schlegel, que encarnaria de maneira evidente esse desregramento poético. Por outro lado, contudo, mostramos que Kierkegaard possuía grande afinidade com a tradição que tanto criticava: seja no estilo, por meio do emprego de formas fragmentárias de escrita, seja no seu projeto de aproximação entre filosofia e vida, que estava na base da crítica romântica aos conceitos abstratos.</p>Gabriel Ferri Bichir
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2025-04-272025-04-27211254010.4013/con.2025.211.02Eric Voegelin, Hannah Arendt e o Totalitarismo
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<p class="RC-TextodoResumo">Tenta-se, neste artigo, definir e contrapor as teorizações de Eric Voegelin e Hannah Arendt acerca do fenômeno totalitário. À parte das diferenças que surgem da mera apresentação de ambas as teorias, o debate por missivas entre os autores será o condutor de uma crítica da posição intelectual arendtiana por um prisma voegeliniano, centrado no argumento de que Arendt, em sua fenomenologia <em>sui generis</em>, padecia das mesmas limitações teóricas que o resto da academia alemã criticada por Voegelin, notadas em especial na sua oposição a Edmund Husserl.</p>Gabriel Guimar˜ães Marini
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2025-04-272025-04-27211416010.4013/con.2025.211.03Crítica de Ronald Dworkin ao construtivismo político de John Rawls
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<p class="RC-TextodoResumo">O artigo pretende expor a análise de Ronald Dworkin sobre a ideia de posição original na teoria da justiça de John Rawls, a posterior exposição de Rawls sobre o seu construtivismo político, e, finalmente, as novas considerações de Dworkin a respeito, na sua obra tardia, quando ele passa a ser um crítico do construtivismo político e um defensor da verdade moral, em defesa do liberalismo igualitário, o que será sustentado como uma defesa mais consistente dessa perspectiva. Para isso, será mostrado inicialmente em que pontos Dworkin concordava ou discordava da ideia contratualista rawlsiana, em 1973, a partir do ensaio A Justiça e os Direitos. Em seguida, será abordada a exposição de John Rawls acerca das bases filosóficas de sua teoria da justiça, a partir da Conferência III de seu Liberalismo Político, de 1993, inclusive respondendo a Dworkin. Por fim, o artigo mostra a virada de Dworkin em 2011, no livro A Raposa e o Porco-Espinho, quando o autor faz uma crítica da metaética e do construtivismo político rawlsiano, passando a defender os princípios liberais e democráticos como verdades objetivas.</p>Gustavo Antonio Pierazzo Santos
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2025-04-272025-04-27211617610.4013/con.2025.211.04O debate Rawls/Habermas na relação estado/religião em uma sociedade democrática constitucional
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<p class="RC-TextodoResumo">Neste trabalho discute-se as teorias de John Rawls e Jürgen Habermas sobre a relação Estado/Religião na esfera pública de uma sociedade liberal democrática constitucional, apresentando os pontos em comum e divergente entre as teorias supracitadas. Para tal, nesse trabalho, tem-se como objetivo discutir a ideia de justificação pública (e razão pública) no pensamento de Rawls e a possibilidade de os argumentos religiosos precisarem ser traduzidos (proviso), questionando se tal ideia não geraria um ônus pesado demais aos cidadãos religiosos, como argumenta Habermas. Como se verá nesse texto, acredita-se que as visões de Habermas e Rawls sobre a questão da religião são mais próximas do que se poderia imaginar e que as divergências são apenas aparentes, pois, ambas visam a defesa do Estado Laico frente ao Estado confessional ou laicista, em uma sociedade democrática constitucional e liberal.</p>Julio Tomé
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2025-04-272025-04-272117710010.4013/con.2025.211.05A virada kantiana no pós-positivismo
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<p class="RC-TextodoResumo">No tricentenário do nascimento de Immanuel Kant, sua filosofia prática parece cada vez mais relevante e presente nos dias atuais. Considerando-se a complexidade que envolve investigar o legado de Kant, mesmo especificamente em relação ao Direito, a temática deste artigo se delimitará a estudar a presença da razão prática de Kant na era pós-positivista do Direito, a partir da chamada virada kantiana (<em>kantische Wende</em>), e sua simultânea aparição na jurisprudência pós-Constituição Federal de 1988 do Supremo Tribunal Federal, a partir do exemplo de três casos paradigmáticos que expressam a importância do autor para a atual fase do Direito.</p>Mônia Clarissa Hennig LealMateus Henrique Schoenherr
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2025-04-272025-04-2721110111110.4013/con.2025.211.06A crise estrutural do capital
https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27600
<p>Situado no âmbito da teoria marxista, o presente texto tem como objetivo principal analisar as condições socioeconômicas que permitem afirmar a existência de uma crise estrutural do capital e, por consequência, uma crise estrutural da sociabilidade capitalista. Para tanto, o estudo toma como referência fundamental a produção intelectual do filósofo húngaro, István Mészáros. No primeiro momento do artigo, examina-se a relação existente entre o sistema do capital e as crises econômicas. Ademais, identifica-se os diversos tipos de crise econômica a fim de diferenciá-las da crise estrutural que se manifesta a partir da década de 1970. No segundo momento, destaca-se a necessidade da alternativa socialista e da superação do sistema do capital, atentando-se para o fato de que capital e capitalismo são fenômenos distintos. No terceiro momento, discute-se os antagonismos estruturais do capital e, com efeito, evidencia-se a oposição entre a produção genuína e a produção destrutiva. À vista disso, chama-se a atenção para os limites absolutos do capital. No quarto momento, analisa-se o agravamento do desemprego crônico como um dos fenômenos que constituí a ativação dos limites absolutos do capital. Conclui-se em defesa da organização popular e do amadurecimento das condições revolucionárias da alternativa socialista, destacando-se o recrudescimento ideológico das forças do capital que visam recompor a sua hegemonia.</p>Robson Machado
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2025-04-272025-04-2721111213110.4013/con.2025.211.07“Nós, os refugiados”
https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27988
<p>Este estudo tem como objetivo analisar a legislação brasileira vigente para refugiados e avaliar se ela é suficiente para solucionar os problemas levantados por Hannah Arendt. O Brasil, há décadas, tem lidado com o deslocamento forçado de pessoas, e o presente trabalho busca responder à seguinte questão de pesquisa: as políticas públicas migratórias brasileiras resolvem os problemas expostos por Hannah Arendt no texto "Nós, os refugiados"? Para abordar essa questão, será utilizada a metodologia bibliográfica, e contará com o apoio do texto <em>Nós, os refugiados</em> e da obra <em>Origens do Totalitarismo</em>, ambos de Hannah Arendt. Além disso, serão examinadas as políticas públicas adotadas no Brasil, verificando se essas medidas atendem às necessidades apontadas pela autora.</p>Thaina Junges Costa
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2025-04-272025-04-2721113215110.4013/con.2025.211.08As críticas de Leibniz à teoria da percepção de Descartes
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<p class="RC-TextodoResumo">O objetivo desse artigo é tentar responder às críticas feitas por Leibniz à teoria da percepção de Descartes. A primeira dessas críticas concerne às ‘ideias-quadro’ cartesianas. A resposta a esse problema será dada com base na teoria cartesiana da ‘dessemelhança causal’ entre o objeto da percepção e as sensações por ele ocasionadas. A segunda crítica de Leibniz, a saber, a crítica aos <em>qualia</em>, diz respeito à completa desconexão e arbitrariedade entre o conteúdo da representação mental (a ideia) e seu referente material. A resposta a essa crítica será dada através da correlação psicofísica que Descartes chama de ‘instituição da natureza’. Por fim, a terceira crítica de Leibniz refere-se às percepções não-sensíveis. Mostrar-se-á que Descartes postulou a divisão infinita da matéria e, consequentemente, defendeu que os corpos eram constituídos por partes ínfimas, cuja percepção estava totalmente fora do alcance dos nossos sentidos. Essas discussões nos permitirão constatar que, no caso da ‘ideia-quadro’ e dos <em>qualia</em>, Leibniz teria se equivocado em sua crítica e, quanto às percepções não-sensíveis, o filósofo alemão estaria desenvolvendo uma concepção de percepção que seria decorrente de noções presentes na física de Descartes.</p>William de Jesus Teixeira
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2025-04-272025-04-2721115217110.4013/con.2025.211.09O caráter normativo do conceito geral de verdade
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<p>Pretendo rejeitar as críticas que pragmatistas como Price fazem ao minimalismo em relação à verdade. De acordo com Price, o conceito básico de verdade é essencialmente normativo de uma forma que o minimalismo não consegue explicar. O aspecto normativo em questão refere-se à seguinte regra: se é verdade que P, é correto afirmar que P. Para o autor, esse uso do conceito de verdade é essencial. Ele acredita que só é possível compreender o conceito básico de verdade ao entender esse uso. No entanto, o minimalismo não seria capaz de explicar esse aspecto do conceito de verdade. O fato de o minimalismo utilizar apenas as instâncias do esquema de equivalência para definir o conceito de verdade supostamente faz com que essa teoria não consiga elucidar o caráter normativo desse conceito. Defenderei que o problema mencionado decorre de uma confusão conceitual entre regras constitutivas e regulativas do significado de “é verdade”. Além disso, defenderei que o tipo de pragmatismo em questão entende a ideia de uma acepção mínima de verdade de forma distinta, embora compatível com o minimalismo. Por fim, apresentarei uma forma de normatividade e uma modalidade de vantagem adaptativa que revelam o papel que provavelmente manteve o conceito de verdade na linguagem humana.</p>Yuri de Lima Rodrigues
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2025-04-272025-04-2721117219310.4013/con.2025.211.10Apresentação
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Inácio HelferJaison M. Partchel João Victor Rosauro Gustavo Oliva de Oliveira Gabriel Schessof
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