https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/issue/feedControvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-52532025-08-28T08:38:30-03:00Prof. Dr. Inácio Helferinahelfer@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista de Filosofia <em>Controvérsia</em> (Qualis CAPES A4), fundada em 2005 pelo curso de Filosofia da UNISINOS (RS), tem por objetivo estimular a produção e divulgação de pesquisas de cunho filosófico feitas pela comunidade acadêmica. A revista tem periodicidade quadrimestral (publicações anuais em abril, agosto e dezembro), fluxo contínuo e aceita contribuições originais, resenhas, entrevistas e traduções. Trabalhos em língua estrangeira são igualmente bem-vindos.</p>https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28178Resenha do Livro - Scientific Pluralism Reconsidered - A new approach to the (Dis)unity of Science2025-03-26T20:49:37-03:00Deivide Garcia da Silva Oliveiradeividegso@gmail.com<p>Esta resenha examina criticamente o livro <em>Scientific Pluralism Reconsidered: A New Approach to the (Dis)unity of Science</em> (2016), de Stéphanie Ruphy, que revisita debates de longa data sobre a unidade e a não-unidade da ciência. Ruphy desafia as posições pluralistas e antirreducionistas predominantes ao propor uma alternativa: o “Foliated Pluralism”. Esse pluralismo é constituído por quatro propriedades principais: 1) transdisciplinaridade, 2) sincronicidade, 3) não exclusividade e 4) cumulatividade. Ao analisar práticas científicas na astrofísica e na taxonomia, Ruphy argumenta que as incompatibilidades persistentes entre modelos e classificações decorrem de restrições pragmáticas, e não de uma necessidade ontológica. Rejeitando tanto o monismo universalista quanto o pluralismo fundamentado metafisicamente, ela enfatiza a necessidade de uma visão temporalmente qualificada e orientada para a prática do pluralismo científico. O livro oferece uma contribuição significativa para a filosofia da ciência, apresentando uma perspectiva sofisticada que reconcilia o pluralismo com a metodologia científica.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28691Apresentação2025-08-27T10:05:36-03:00Inácio Helferhelfer@unisinos.brJaison M. Partchelpartchel.j@gmail.comJoão Victor Rosauro joaorosauro@gmail.comGustavo Oliva Oliveira gustavoolivadeoliveira@hotmail.comGabriel Schessof g.schessof@hotmail.com2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28124Sobre a distinção entre questões internas e externas de existência segundo Carnap2025-01-17T15:01:27-03:00Anderson Bernardianderson.bernardi@live.com<p>Tem-se como intuito abordar a distinção entre “questões internas” e “questões externas” de existência apresentadas por Carnap no texto “Empirismo, Semântica e Ontologia” a fim de alcançarmos a razão do chamado “Princípio de Tolerância”. Para tanto, o presente artigo está dividido em duas partes. Na primeira, discorre-se sobre a antiga querela entre nominalistas e realistas, gênese cujo progresso na história do pensamento motivaria mais tarde Carnap a distinguir entre conhecimentos de pretensões científicas (as questões internas de existência) e de pretensões metafísicas (as questões externas de existência), distinção esta discutida na segunda parte. A consideração final será de que, a partir da elucidação de Carnap, dissolver-se-ia a aparente incompatibilidade entre o viés empirista e a adoção de entidades abstratas.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28418A resistência política frente ao isolamento/impotência a partir do pensamento de Hannah Arendt2025-05-22T15:49:54-03:00Kethelyn Moraes da Silvakhetelynmoraisdasilva40@gmail.comAntonio Justino de Arruda Netonetojustinoarruda@gmail.com<p>O presente texto tem como tema a compreensão da relação entre isolamento e impotência, à luz do exemplo nazista, a partir do pensamento de Hannah Arendt (1951). A temática é problematizada com base no pressuposto da violência praticada pelas políticas do nazismo. Com o intuito de compreender essa relação, utilizou-se como fundamentação teórica o pensamento de Hannah Arendt. Nesse sentido, tem-se como problema de pesquisa: de que forma o pensamento de Hannah Arendt nos auxilia a romper com a relação isolamento/impotência proposta pelos autoritarismos? Em relação aos objetivos, o objetivo geral é compreender essa problemática. Os objetivos específicos são: (1) Identificar o conceito de totalitarismo no pensamento de Hannah Arendt; (2) Analisar como a relação entre ideologia e terror contribui para a construção do isolamento/impotência; (3) Discutir o conceito de ação política como forma de romper com a lógica do isolamento/impotência. A pesquisa constitui-se como uma revisão bibliográfica, articulada com os principais livros da autora: <em>As Origens do Totalitarismo</em> (1951) e <em>A Condição Humana</em> (1958). Espera-se, como resultado, compreender a ação como atividade política capaz de desenvolver a interação entre os indivíduos em comunidade, como forma de evitar o isolamento e a impotência política.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27919Maquiavel e os profetas armados2025-03-22T10:57:56-03:00Bruno Alexandre Cadete da Silvabruno_cadete@outlook.com<p class="Standard" style="text-align: justify;"><span class="Fontepargpadro2"><span style="font-size: 11.0pt; color: black;">A presente pesquisa versa sobre os profetas armados, personagens políticos e históricos singulares da filosofia de Maquiavel. Em nossa análise, feita especialmente com base na famosa obra <em>O Príncipe</em>, os profetas armados são os mais poderosos agentes políticos das linhas argumentativas do autor florentino por associarem elementos como a religião, política, violência, entre outros na promoção de sua autoridade sobre diferentes corpos políticos, nobres e povo, bem como na fundação e manutenção dos seus domínios. A nossa investigação será dividida em duas partes: 1) uma compreensão geral sobre os profetas armados presentes em <em>O Príncipe </em>de Maquiavel, a saber: Ciro, Rômulo, Teseu e Moisés; 2) uma análise pormenorizada sobre o mais importante dos profetas armados: Moisés.</span></span></p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28148Racionalidade estética e os limites da razão instrumental em Theodor Adorno2025-02-04T15:27:23-03:00Bruno Luciano de Paiva Silvabrunopaiva1818@gmail.com<p>O objetivo principal do presente artigo é de apresentar os principais aspectos da racionalidade estética, como elaborada por Adorno na obra <em>Teoria estética</em>, e esclarecer os limites da razão instrumental como guia para a vida humana. Desse modo, o artigo terá dos momentos: (a) no primeiro, iremos caracterizar os principais traços da racionalidade instrumental, como descritos na obra <em>Dialética do esclarecimento</em>, e (b) no segundo momento, apresentaremos os principais pontos da racionalidade estética e da sua relação com a mímesis, que permite ao ser humano pensar uma relação de não-violência com o não-idêntico. A metodologia adotada, para esse artigo, é a revisão biográfica, que forneceu elementos necessários para escrito.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28266Eric Voegelin e Karl Jaspers2025-05-05T16:38:30-03:00Daiane Ecceldaianeeccel@hotmail.com<p>Desde o século XVIII, alguns orientalistas apontam para acontecimentos paralelos e semelhantes ocorridos em diferentes civilizações do mundo antigo. Apenas em 1949, no entanto, em Origem e meta da história, Karl Jaspers nomeia tal paralelismo como era axial ou período do eixo (Achenszeit). Eleelege o período entre os séculos VIII e II a. C como aquele no qual irrompem acontecimentos paralelos no tempo nas regiões da Pérsia, Israel, Hélade, Índia e China.No âmbito da filosofia da história, tal tentativa se coloca contra a perspectiva de uma história linear e absolutamente ocidentalizada, como nos modelos do século XIX. Eric Voegelin, que lê a obra de Jaspers, ocupa-se também com o problema a respeito da história em seu opus magnum, Ordem e História, dividido em cinco volumes. Interessa-lhe investigar as ações dos seres-humanos e as “irrupções espirituais” no tempo como fenômenos de um tipo de ordem ou desordem. Para tanto, Voegelin se ocupa diretamente com a tese de Jaspers em parte dos volumes II e IV de Ordem e História. Ele partilha de alguns pressupostos com Jaspers, mas não aceita a tese da era axial. O objetivo deste artigo é investigar a apreciação voegeliana a respeito da tese de Karl Jaspers.</p> <p> </p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28352O sistema de conselhos como proposta alternativa de Arendt à exclusividade da representação2025-06-17T13:35:18-03:00Guilherme Ferreiraguilherme.contato@yahoo.com.br<p class="RC-TextodoResumo">Este texto examina as reflexões de Hannah Arendt sobre a democracia moderna, com especial atenção à proposta dos conselhos como alternativa à exclusividade do sistema de partidos. Embora Arendt raramente utilize o termo <em>democracia</em>, sua análise das revoluções modernas revela uma preocupação com a perda da liberdade pública e da participação efetiva dos cidadãos na política. A autora destaca que o sistema representativo, ao concentrar o poder nas mãos dos eleitos, esvazia o espaço público e reduz a política à administração. Em contraste, os conselhos surgem como experiências históricas espontâneas que expressam o desejo de participação direta e plural na esfera pública. No entanto, buscaremos mostrar que Arendt não propõe a substituição pura do sistema atual, mas sim sua complementação com arranjos que mantenham vivo o espírito revolucionário. Sua proposta aponta para uma reconfiguração do político, na qual a liberdade pública e a participação cidadã são centrais, e onde o sistema de conselhos oferece uma via possível para democratizar verdadeiramente o espaço público.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28104Uma defesa da eudaimonia Aristotélica2025-01-17T14:56:57-03:00João Pinheiro da Silvasilvajoao1999@gmail.com<p>Em <em>Two Conceptions of Happiness</em>, Richard Kraut denuncia a desumanidade e restritividade da <em>eudaimonia</em> aristotélica. O presente artigo oferece uma crítica à avaliação de Kraut. A primeira parte do artigo, de caráter exegético, disputa a interpretação intelectualista que Kraut faz da <em>eudaimonia</em> e propõe uma leitura dualista da mesma que procura resolver os maiores problemas do debate clássico entre inclusivistas e intelectualistas. A segunda parte do artigo, por sua vez, defende uma forma de objetivismo contra a concepção subjetiva de felicidade exposta por Kraut: primeiro, argumentando que as acusações de Kraut se aplicam tanto à <em>eudaimonia</em> quanto à sua concepção subjetiva de felicidade sendo que, no caso da última, é impossível lidar com casos de comportamento vicioso “feliz” que são, numa concepção eudaimônica, facilmente descartados; segundo, demonstrando que o subjetivismo de Kraut é, na verdade, um objetivismo velado: na sua tentativa de ir além de uma concepção meramente psicológica de felicidade, Kraut viu-se obrigado a enriquecer normativamente o conceito de felicidade com critérios que vão além das determinações do sujeito. Concluímos assim que a <em>eudaimonia</em> aristotélica nos continua a fornecer a única alternativa cabal a uma visão puramente psicológica de felicidade, sendo, portanto, ainda relevante no debate ético.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28115O social como uma condição normativa à justiça social2025-03-17T18:12:18-03:00José Henrique Sousa Assaijhs.assai@ufma.br<p>Esta pesquisa intitulada “O Social como uma condição normativa à justiça social” visa aprofundar a ideia do “Social” e seu potencial semântico-normativo para a efetividade da justiça social na qual passa a ser entendida pelas condições mínimas de existência social. A pesquisa se orienta pelos pressupostos da teoria crítica e da filosofia social tendo duas questões centrais a serem discutidas: 1) Como as práticas, relações e instituições sociais contribuem à justiça social e, sobretudo, 2) Como uma instituição social, pensada sob o esteio de uma teoria crítica social e da filosofia social, pode orientar normativamente a realidade social? A contribuição de Rahel Jaeggi é importante para tratar sobre o Social e, particularmente, naquilo que diz respeito à tarefa socionormativa da instituição social. A relevância desta investigação vai para além do discurso filosófico e aborda desafios globais prementes na política e na sociedade. A erosão da confiança social e a crescente desigualdade sublinham a necessidade de instituições sociais robustas que possam corrigir e estabilizar as realidades sociais. Ao redefinir as instituições não apenas como construções analíticas, mas como agentes ativos da justiça social, esta pesquisa alinha-se com os esforços globais para promover sociedades equitativas e justas..</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28436A pena e a narrativa2025-05-21T20:52:26-03:00Lara Passini Vaz-Tosteslaravaztostes@hotmail.com<p>Este artigo propõe uma análise filosófico-narrativa do poder punitivo contemporâneo, a partir da articulação entre teoria da identidade narrativa de Paul Ricœur e formas simbólicas de imposição de identidade pelo sofrimento. Partindo da cena em que Harry Potter é forçado a reescrever frases na própria pele sob dor — como imposição autoritária de uma verdade que não reconhece —, discutimos como a narrativa punitiva moderna, exemplificada pelo sistema prisional, atua como suspensão do self: não apenas limitando a liberdade, mas interditando o direito de narrar-se. Utilizando aportes de Ricœur, Foucault, Judith Butler e estudos sobre memória e trauma, argumenta-se que a dor reiterada sem escuta não reabilita, mas cristaliza uma identidade imposta. Propõe-se, ao fim, uma ética da escuta e da palavra como possibilidade de resistência simbólica à narrativa única do crime e da culpa.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28339Ontologia social aplicada ao armário2025-07-15T10:44:15-03:00Lu Triches Immichlu.immich@gmail.com<p>Na filosofia analítica, precisamente na metafísica feminista, questões sobre a definição e fundação de categorias sociais são alvo de debate. Nessa subárea, formou-se um debate dividido entre teorias de posição social e teorias baseadas em identidade. Teorias de posição social entendem categorias sociais por meio de limitações e liberdades que são socialmente atreladas a um indivíduo. Por outro lado, teorias baseadas em identidade focam em experiências inerentes ao sujeito para responder essa questão. O presente texto centra-se em uma crítica realizada à teoria de posição social desenvolvida por Ásta. A crítica sugere uma incapacidade na categorização de identidades sexuais <em>queer</em> de indivíduos no armário, o que implica na sua exclusão sistemática de espaços <em>queer</em>. Na teoria de Ásta, categorias sociais são concebidas como sendo variáveis de acordo com o contexto onde a conferência delas ocorre. De acordo com Andler, esse modo de conceber categorias sociais leva a exclusão de pessoas com identidade sexual <em>queer</em>, pois pressupõe que o indivíduo apresente determinada orientação sexual para a conferência de determinada identidade sexual. Porém, como demonstrado neste texto, Ásta não postula a relação entre orientação sexual e identidade sexual como inerente ao processo de conferência.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27524O direito à saúde em Rawls e Daniels2025-03-17T18:17:51-03:00Marco Antonio Montagner Giulianismontagner.marcoantonio@gmail.com<p>O presente artigo busca compreender as teorias de justiça de John Rawls e Norman Daniels. Visando expor estas teorias, o artigo terá como objetivo fundamental relacioná-las com o tema do direito à saúde em um panorama de escassez financeira no Sistema Único de Saúde (SUS). A justiça distributiva na saúde pública se torna um desafio quando os recursos disponíveis são limitados, logo é necessário estabelecer critérios para adequada alocação financeira. A teoria de Rawls, fundamentada no princípio da justiça como equidade, busca garantir a igualdade de oportunidades e a proteção dos menos favorecidos. Já a abordagem de Daniels, baseada no princípio da equidade em saúde, considera a necessidade de atender às demandas prioritárias com base nas necessidades individuais. Ambos os autores oferecem relevantes contribuições para lidar com os dilemas éticos envolvidos, propondo princípios que visam garantir acesso justo e igualitário aos serviços de saúde. Compreender as nuances dessas abordagens filosóficas pode auxiliar na reflexão sobre como promover mais justiça na saúde pública.</p> <p> </p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27576 O poder entre reconhecimento e justificação2025-03-17T18:24:01-03:00Matheus Michels KielingMatheus_zodie@hotmail.com<p>Tem-se como proposta debater em torno da questão referente ao poder na teoria crítica contemporânea. Para isso serão problematizadas duas teorias, sejam elas, o reconhecimento em Axel Honneth e a justificação presente em Rainer Forst. Inicialmente será apresentada a teoria do reconhecimento de Axel Honneth em termos gerais, apresentando apenas alguns momentos de suas reformulações em torno do reconhecimento, para posteriormente, problematizar em tornode possíveis formas de dominação arbitrárias que ela acarreta, qual seja, a assimetria das relações de poder do qual Honneth é criticado. Em um segundo momento, será mobilizado a teoria da justificação de Forst, em relação ao reconhecimento, como conceito de podernumenal do autor, inserido em sua teoria da justificação, para verificarse, antes das relações de reconhecimento serem reivindicadas, o poder de justificar as demandas, na leitura do filosofo, é prioritário. O que norteia este artigo é pensar qual seria o déficit em relação ao poder naquilo que diz respeito a teoria do reconhecimento e como uma teoria crítica da justificação pode servir como resposta complementar, no intuito de entender melhor este déficit do poder na teoria honnethiana.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/28426Algumas reflexões sobre as implicações da mudança climática para a teorização política2025-06-25T16:16:36-03:00Ulysses Ferraz de Camargo Filhoferraz.ulysses@gmail.com<p>Este artigo examina como a mudança climática e a entrada no Antropoceno desafiam os fundamentos da teoria política contemporânea. A partir do diagnóstico de que a estabilidade climática do Holoceno vem sendo corroída pela ação humana, argumenta-se que ideias como liberdade, democracia e progresso precisam ser repensadas à luz dos limites planetários. Dialogando com Crutzen, Charbonnier, Vanderheiden e Dryzek, o texto: (i) identifica a raiz produtivista do Antropoceno e seus efeitos sobre a teorização política; (ii) mapeia conflitos distributivos domésticos e globais — justiça ambiental, justiça climática e transição energética justa —, evidenciando assimetrias de responsabilidade e vulnerabilidade; e (iii) analisa os méritos e limites do modelo da “tragédia dos comuns” como chave interpretativa da crise climática. Conclui que uma teoria política adequada ao nosso tempo deve reconhecer a interdependência entre sistemas humanos e naturais, incorporar perspectivas global e intergeracional de justiça e oferecer critérios normativos capazes de orientar respostas coletivas sem reproduzir desigualdades históricas.</p>2025-08-27T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253