Intimidade e apego no namoro: implicações de estudos de caso para prevenção à violência

Autores

  • Sheila Giardini Murta Universidade de Brasília
  • Manuella Rabelo Porto Pires Universidade de Brasília
  • Andrea Schettino Tavares Universidade de Brasília
  • Mariana Amado Cordeiro Universidade de Brasília
  • Estela Guida Teixeira Universidade de Brasília
  • Natássia Adorno Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2019.121.09

Resumo

Experiências de apego seguro na infância podem impactar comportamentos de busca de intimidade ao longo da vida, consistindo em um dos fatores de proteção para a qualidade das relações amorosas. Este estudo, baseado na teoria do apego, teve o propósito de examinar vivências de intimidade nas relações de namoro. Realizou-se um estudo de casos múltiplos com entrevistas semiestruturadas, conduzidas com três jovens, duas mulheres e um homem, com idades entre 16 e 23 anos. Os resultados apontam singularidades na vivência da intimidade, com níveis elevados de intimidade associados à troca de apoio social entre os parceiros e sensibilidade às necessidades do outro, e níveis ameaçados de intimidade associados à esquiva da busca de suporte junto ao parceiro e estratégias negativas de resolução de conflitos. Os dados corroboram a teoria do apego, segundo a qual disponibilidade e acessibilidade do parceiro são a via central para se promover proximidade emocional nas relações amorosas. Conclui-se que ações preventivas devem enfocar a receptividade e acessibilidade ao outro, habilidades para busca e oferta de ajuda, habilidades de regulação das emoções em situações de manejo de conflitos e o uso de recursos internos, do parceiro e do contexto para ressignificar legados emocionais parentais que sustentam a esquiva e a ansiedade em relações íntimas.

Palavras-chave: apego, violência pelo parceiro íntimo, relacionamento interpessoal, intimidade, qualidade conjugal.

 

Biografia do Autor

Sheila Giardini Murta, Universidade de Brasília

Profa. Adjunta no Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília.

Manuella Rabelo Porto Pires, Universidade de Brasília

Graduanda em Psicologia

Andrea Schettino Tavares, Universidade de Brasília

Graduanda em Psicologia

Mariana Amado Cordeiro, Universidade de Brasília

Graduada em Psicologia

Estela Guida Teixeira, Universidade de Brasília

Graduada em Psicologia

Natássia Adorno, Universidade de Brasília

Graduada em Psicologia

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Publicado

2019-04-08

Edição

Seção

Artigos