Comportamento antissocial em usuários de cocaína-crack

Autores

  • Fernanda de Almeida Ribeiro Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Fernanda Cerutti Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Ana Carolina Maciel Cancian Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • André Luiz Moreno Universidade de São Paulo
  • Irani Iracema de Lima Argimon
  • Margareth da Silva Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2016.92.07

Resumo

Comorbidades associadas ao uso de cocaína-crack são um desafio para quem trabalha em serviços psiquiátricos com esta população, entretanto poucos estudos analisam o efeito destas comorbidades nos usuários. Objetivo: Comparar usuários de cocaína-crack com a população geral em relação ao comportamento antissocial. Método: Estudo transversal, quantitativo e descritivo com uma amostra de 971 adultos de 18-59 anos, escolhidos por conveniência, divididos em dois grupos – usuários de cocaína-crack e população geral. Para acessar aspectos psicopatológicos foi utilizado a escala Adult Self-report (ASR). Resultados: Uma análise estatística de associação realizada através do teste Qui Quadrado mostra uma relação significativa entre usuários de cocaína-crack e comportamento antissocial (p = 0.001). Uma análise de regressão logística binária pelo método backward gerou um modelo com características associadas à gravidade do uso de cocaína-crack: homens, adultos com idades entre 30 e 39 anos, com baixa escolaridade e classificação clínica para problemas de personalidade antissocial (OR = 14.466). Conclusões: Os resultados encontrados enfatizam a importância da detecção precoce do comportamento antissocial em associação com o uso de cocaína-crack para uma possível melhora do tratamento e um melhor prognóstico.

Palavras-chave: cocaína-crack, comportamento antissocial, psicopatologia.

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Publicado

2016-08-29

Edição

Seção

Artigos