Mediação de conflitos conjugais: a persistência do conflito e o olhar clínico
Resumo
Este estudo parte de uma realidade complexa, relativa às novas configurações dos vínculos familiares e das possibilidades de conflitos inerentes a essa situação. A investigação lança um olhar, do ponto de vista psicológico, sobre situações de mediação de conflitos nas separações conjugais, nos casos em que a intensidade do conflito tende a perdurar ao longo do processo. O estudo aborda também o conseqüente sentimento de impotência que pode surgir nos mediadores frente a essa situação. Segue, então, fazendo uma reflexão sobre as possibilidades para o trabalho de mediação nesses casos. Para tal, inicialmente, faz-se uma reflexão sobre o conflito conjugal frente à separação e suas perdas na atualidade; em seguida, é feita uma visita e/ou “revisita” a diversos autores da área da mediação para, num terceiro momento, encerrar apresentando algumas conclusões a respeito do assunto. O estudo, apesar de teórico, é baseado, também, na experiência obtida em atendimentos no Programa de Mediação de Conflitos da UNISINOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), programa este vinculado ao UNIPAS/PAAS (Programa de Ação Social na Área da Saúde/Projeto Ambulatorial de Atenção à Saúde) e ao PRASJUR (Programa de Práticas Sociojurídicas), os quais fazem parte do programa de ação social da universidade. Ao final do estudo, conclui-se a respeito da importância do olhar clínico nos processos de mediação e, também, sobre a importância de o(s) mediador(es) não estabelecerem expectativas muito objetivas a respeito de onde o processo deva chegar.
Palavras-chave: mediação de conflitos, olhar clínico, separações conjugais.Downloads
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