Três perspectivas em psicoterapia infantil: existencial, não diretiva e Gestalt-terapia

Autores

  • Cristine Monteiro Mattar

DOI:

https://doi.org/10.4013/4564

Resumo

O artigo apresenta três perspectivas em psicoterapia infantil: a psicologia existencial, de acordo com as reflexões de Sören Kierkegaard, a proposta não diretiva de inspiração rogeriana e a perspectiva da Gestalt-terapia. As três possuem aproximações no que se referem às atitudes do psicoterapeuta e à opção pelo método fenomenológico, o qual visa apreender o sentido do brincar e de outras expressões da criança. Diferem, contudo, quanto à concepção do homem, já que a psicologia existencial discorda de que haja neste uma tendência à totalidade ou de que ele seja regido por uma força que busca sempre o equilíbrio. A psicologia existencial vai pautar-se na estratégia de aproximação indireta e paciente que caracteriza a relação de ajuda definida por Kierkegaard, a qual permite nítida aproximação entre a filosofia e a psicologia clínica. No trabalho de Axline acerca da ludoterapia, destacamse as oito atitudes definidas como indispensáveis para a atuação do psicoterapeuta infantil. A suspensão de todo julgamento e a aceitação incondicional do modo de ser da criança, como quer que esta se apresente, fundamentam uma prática não diretiva que facilite a expressão dos sentimentos. A Gestaltterapia, por sua vez, vai propor técnicas e atitudes também com o objetivo de facilitar a autoexpressão dos sentimentos vivenciados pela criança e o desenvolvimento da awareness de si e do mundo. Dessa forma, este artigo apresenta as contribuições de três perspectivas fenomenológicas para aqueles que se propõem a atuar na prática da psicoterapia com crianças.

Palavras-chave: psicoterapia infantil, psicologia humanista, psicologia existencial, Gestalt-terapia.

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Publicado

2021-05-30

Edição

Seção

Artigos