Autocriticismo, Autocompaixão e Fatores Associados na Prática de Psicoterapeutas
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2022.152.03Resumo
Tornar-se psicoterapeuta inclui ter que lidar com questões relacionadas com a formação, profissão e questões pessoais. Características como o autocriticismo e autocompaixão podem influenciar a forma como os psicoterapeutas percebem sua prática clínica. Para tanto, o objetivo do presente estudo reside em examinar os níveis de autocriticismo, autocompaixão e fatores associados em uma amostra de psicoterapeutas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e correlacional com corte transversal, realizada numa amostra de 105 psicoterapeutas que estão em formação nas abordagens Cognitivo-comportamental, Psicanalítica e Sistêmica. A coleta foi on-line, e incluiu informações pessoais e profissionais, e medidas de autorrelato de autocriticismo e autocompaixão. Os resultados apontam que variáveis pessoais como idade e possuir filhos, e variáveis profissionais como experiência clínica mostraram associação com a autocompaixão, enquanto menor experiência emocional e de vida estão associados com maiores índices de autocriticismo. Conclui-se que o autocriticismo e a autocompaixão de psicoterapeutas em formação estão relacionados com características pessoais e profissionais, trazendo possíveis impactos para sua prática clínica. Os achados sugerem que a criação de programas de treinamento, supervisão e aperfeiçoamento clínico baseados na mente compassiva do psicoterapeuta podem ser relevantes pensando no desenvolvimento destes profissionais.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo à revista Contextos Clínicos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista). Afirmo que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação, ainda não foi publicado na íntegra e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo. Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Contextos Clínicos acima explicitadas.