Autocriticismo, Autocompaixão e Fatores Associados na Prática de Psicoterapeutas

Autores

  • Susani Luzia Silva Oliveira Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Fernanda Barcellos Serralta Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2022.152.03

Resumo

Tornar-se psicoterapeuta inclui ter que lidar com questões relacionadas com a formação, profissão e questões pessoais. Características como o autocriticismo e autocompaixão podem influenciar a forma como os psicoterapeutas percebem sua prática clínica. Para tanto, o objetivo do presente estudo reside em examinar os níveis de autocriticismo, autocompaixão e fatores associados em uma amostra de psicoterapeutas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e correlacional com corte transversal, realizada numa amostra de 105 psicoterapeutas que estão em formação nas abordagens Cognitivo-comportamental, Psicanalítica e Sistêmica. A coleta foi on-line, e incluiu informações pessoais e profissionais, e medidas de autorrelato de autocriticismo e autocompaixão. Os resultados apontam que variáveis pessoais como idade e possuir filhos, e variáveis profissionais como experiência clínica mostraram associação com a autocompaixão, enquanto menor experiência emocional e de vida estão associados com maiores índices de autocriticismo. Conclui-se que o autocriticismo e a autocompaixão de psicoterapeutas em formação estão relacionados com características pessoais e profissionais, trazendo possíveis impactos para sua prática clínica. Os achados sugerem que a criação de programas de treinamento, supervisão e aperfeiçoamento clínico baseados na mente compassiva do psicoterapeuta podem ser relevantes pensando no desenvolvimento destes profissionais.

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Publicado

2022-10-10

Edição

Seção

Artigos