“A Lei que Não é Minha”: percepção de homens violentados sobre relação conjugal violenta
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2021.143.06Resumo
As normas de gênero têm influenciado a análise da violência conjugal, tendendo a considerar exclusivamente mulheres enquanto vítimas e homens enquanto agressores. No entanto, estudos demonstram que a violência perpetrada por mulheres contra homens na conjugalidade é uma realidade. O presente artigo apresenta e discute os resultados de uma pesquisa qualitativa de corte transversal, com delineamento exploratório e descritivo, multicêntrica no Brasil, que teve por objetivo compreender as percepções de homens violentados por mulheres sobre a violência contra os homens na conjugalidade. Foram entrevistados cinco homens procedentes de Mato Grosso e um homem procedente do Rio Grande do Sul. A análise temática foi utilizada para análise dos dados, da qual emergiram dois temas: “A lei que não é minha” e “Um homem também chora”. Os resultados foram discutidos à luz da teoria sistêmica e evidenciam que a violência perpetrada por mulheres na conjugalidade é uma realidade. Que os homens tendem a não denunciar e, quando denunciam, sentem que os serviços de segurança e as leis não os asseguram. A pesquisa contribui cientificamente ampliando a compreensão sobre a violência contra o homem na conjugalidade. Sugere-se mais estudos com esse público e a criação de serviços que atendam o homem enquanto vítima.
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