Autocompaixão e Bullying: discutindo fatores de risco e de proteção nas relações entre pares na adolescência

Autores

  • Déborah Brandão de Souza Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Sandiléia Pfeiffer Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Cassio Blos Nonnemacher Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Natalia Coimbra Ribeiro Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Carolina Saraiva de Macedo Lisboa Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2021.143.04

Resumo

Experiências de bullying podem contribuir negativamente na visão do adolescente sobre ele próprio perante os pares. Hipotetiza-se que a adoção de uma postura calorosa, não-avaliativa e sensível do indivíduo ao experimentar sofrimento, como é definida a autocompaixão, pode ser uma estratégia adaptativa para situações hostis. Esse estudo investigou diferenças entre adolescentes quanto a níveis de autocompaixão e experiências de bullying, bem como a relação entre os dois construtos. Participaram 551 adolescentes, sendo 57% do sexo feminino, com idade média de 15,1 anos (DP= 1,7), estudantes de escolas públicas brasileiras. Análises de correlação de Pearson foram realizadas para investigar relações entre autocompaixão e bullying. Posteriormente, a amostra foi dividida em dois grupos extremos da escala de autocompaixão e comparou-se as médias. Foram encontradas correlações significativas e negativas entre a autocompaixão e tipos de bullying, bem como com os papéis de vitimização. Quando separados por grupos, os adolescentes com níveis mais elevados de autocompaixão apresentaram níveis menores de experiências de bullying e média maior no papel de defensor das vítimas. Observa-se que a existência de relações seguras e de apoio podem contribuir no desenvolvimento de habilidades e respostas compassivas de ajuda aos outros e de regulação emocional em situações difíceis.

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Publicado

2021-12-14

Edição

Seção

Artigos