Afeto e Regulação Emocional entre Crianças Com e Sem Histórico de Abuso Sexual Infantil
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2021.142.06Resumo
O abuso sexual infantil (ASI) é um fator de risco para o surgimento de dificuldades emocionais. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar o afeto positivo e negativo e as estratégias de regulação emocional em crianças de 8 a 12 anos vítimas de abuso sexual (G-ASI) e seus pares sem histórico de abuso (G-Não-ASI). Das 26 crianças participantes, 12 vivenciaram pelo menos um episódio de abuso sexual ao longo da vida, enquanto as outras 14 não foram vitimizadas. Foram utilizados os instrumentos Questionário Sociodemográfico, Juvenile Victimization Questionnaire, Teste de Compreensão das Emoções e Escala de Afeto Positivo e Negativo. Os resultados demonstraram que a média de afeto negativo das crianças vítimas de abuso sexual foi maior do que a dos participantes do outro grupo, sendo vergonha, raiva, nervosismo e tristeza os afetos mais relatados. Em relação à regulação emocional, as crianças pertencentes ao G-ASI empregaram mais frequentemente estratégias regulatórias consideradas inadequadas para a faixa etária quando comparadas ao G-Não-ASI. Os resultados sugerem que a exposição ao ASI pode contribuir em diferenças nas respostas emocionais manifestadas pelas crianças. O conhecimento destes possíveis impactos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções clínicas alinhadas às demandas das vítimas e baseadas em evidências.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo à revista Contextos Clínicos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista). Afirmo que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação, ainda não foi publicado na íntegra e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo. Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Contextos Clínicos acima explicitadas.