Indicadores de Bem-estar Humano para Povos Tradicionais: o caso de uma comunidade ribeirinha na fronteira da Amazônia brasileira

Autores

  • Luiz Felipe Barbosa Lacerda Universidade Estadual do Amazonas
  • Luis Eduardo Acosta SINCHI - Instituto de Investigação Amazônico

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.1.10

Resumo

O artigo apresenta inovadora construção e aplicação de Indicadores de Bem-Estar Humano. Parte de uma análise sobre a constituição desses indicadores consolidando uma perspectiva autodeclarada por indígenas e ribeirinhos da Amazônia a respeito do conceito de Bem-estar subsidiado pela ideia de Abundância. A partir disso, apresentam-se os Indicadores de Bem-estar para os Povos Tradicionais (IBPT), apoiados em cinco grandes capacidades: controle coletivo sobre o território; agenciamento cultual autônomo; garantia de autonomia alimentar; construção de um ambiente tranquilo para se viver; e autocuidado e reprodução. O estudo surge da cooperação científica internacional entre o Grupo de Pesquisa Educação e Diversidade Amazônica da Universidade do Estado do Amazonas (GPEDA-UEA) e o Grupo de Pesquisa Valoración de los Conocimientos Tradicionales, do Instituto Amazónico de Inventigaciones Científicas-SINCHI, da Colômbia. Os IBPTs foram aplicados junto a comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia brasileira e colombiana, e este artigo expõe o caso da comunidade ribeirinha São José, localizada no município de Benjamin Constant, na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Os resultados socializam importantes avanços metodológicos na construção de indicadores fidedignos a respeito do Bem-estar das populações tradicionais e ilustram como as comunidades tradicionais constroem seu Bem-estar através da sabedoria sobre os ciclos das águas, das terras e da floresta, guardando autonomia sobre os processos produtivos e culturais em seus territórios.

Palavras-chave: indicadores, povos tradicionais, indígenas, ribeirinhos, Amazônia.

Biografia do Autor

Luiz Felipe Barbosa Lacerda, Universidade Estadual do Amazonas

Docente do curso de psicologia da Universidade Estadual do Amazonas (UEA)

Luis Eduardo Acosta, SINCHI - Instituto de Investigação Amazônico

Pesquisador Senior de povos tradicionais

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Publicado

2016-09-12

Edição

Seção

Artigos