Indicadores de Bem-estar Humano para Povos Tradicionais: o caso de uma comunidade ribeirinha na fronteira da Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.1.10Resumo
O artigo apresenta inovadora construção e aplicação de Indicadores de Bem-Estar Humano. Parte de uma análise sobre a constituição desses indicadores consolidando uma perspectiva autodeclarada por indígenas e ribeirinhos da Amazônia a respeito do conceito de Bem-estar subsidiado pela ideia de Abundância. A partir disso, apresentam-se os Indicadores de Bem-estar para os Povos Tradicionais (IBPT), apoiados em cinco grandes capacidades: controle coletivo sobre o território; agenciamento cultual autônomo; garantia de autonomia alimentar; construção de um ambiente tranquilo para se viver; e autocuidado e reprodução. O estudo surge da cooperação científica internacional entre o Grupo de Pesquisa Educação e Diversidade Amazônica da Universidade do Estado do Amazonas (GPEDA-UEA) e o Grupo de Pesquisa Valoración de los Conocimientos Tradicionales, do Instituto Amazónico de Inventigaciones Científicas-SINCHI, da Colômbia. Os IBPTs foram aplicados junto a comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia brasileira e colombiana, e este artigo expõe o caso da comunidade ribeirinha São José, localizada no município de Benjamin Constant, na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Os resultados socializam importantes avanços metodológicos na construção de indicadores fidedignos a respeito do Bem-estar das populações tradicionais e ilustram como as comunidades tradicionais constroem seu Bem-estar através da sabedoria sobre os ciclos das águas, das terras e da floresta, guardando autonomia sobre os processos produtivos e culturais em seus territórios.
Palavras-chave: indicadores, povos tradicionais, indígenas, ribeirinhos, Amazônia.
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