Mercados culturais no Brasil: a expansão dos shoppings centers e das livrarias megastores
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2017.53.1.05Resumo
O presente trabalho apresenta algumas das mais recentes transformações nas relações entre cultura e mercado no Brasil contemporâneo, de modo a indicar alguns dos indicadores empíricos que têm sido capazes de remodelar e redimensionar as estratégias de alguns dos principais agentes de mercado envolvidos nesse processo, sejam estatais ou privados, gerando toda sorte de novos modelos de negócios e empresas classificadas como culturais, inscritas na expansão generalizada dos mercados do entretenimento e lazer. Cumpre observar que as reflexões se inscrevem no âmbito do que parte da literatura especializada nas ciências sociais categoriza como economia criativa, sobremaneira, pelo manejo, por parte dos agentes envolvidos, de novas justificativas estéticas e simbólicas que passam a grassar um panorama que, servindo-se do crescimento geral da economia brasileira no período considerado, indica a robustez do que se pode qualificar como capitalismo cultural contemporâneo. O trabalho toma como objeto um modelo de negócio bastante específico, eleito para problematizar a convergência das relações acima destacadas e de seu potencial de capilarizar novos hábitos de consumo: as livrarias com modelo de megastore, que, como as investigações apontaram, representam um dos modelos mais bem-sucedidos nos mercados culturais na atualidade. Sua relação com os shoppings centers, como se verá, constituiu condição fundamental para sua expansão e sucesso comercial e, pelo menos discursivamente, na construção de uma autoimagem como equipamento cultural.
Palavras-chave: mercados culturais, consumo, livraria megastore.
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