As interfaces entre cooperativismo e economia solidária

Autores

  • Reni Luiz Stahl SICREDI/Pioneira. Rua José da Silva Xavier, 150, Bairro Rondônia, Novo Hamburgo, RS, Brasil.
  • José Odelso Schneider Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Mestrado e Doutorado) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei, 93022-000, São Leopoldo, RS, Brasil. Também atua na Coordenação do CESCOOP.

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2013.49.2.08

Resumo

A Economia Solidária vem sendo defendida em muitos trabalhos como alternativa à grave situação da precariedade nas relações de trabalho. Para Paul Singer (2002, 2003), um dos promotores do projeto, a Economia Popular Solidária, como também é conhecida, pode ser considerada um modo de produção inovador dentro do próprio sistema capitalista. Sua principal argumentação é que esse modo de produção, mesmo ocupando as “brechas” do sistema, poderia caminhar rumo a uma nova organização social, de cunho socialista, democrático e popular, por meio de sua multiplicação. Partindo dos princípios que foram suscitados junto com a primeira cooperativa na Europa já há mais de 186 anos, desde a primeira cooperativa de consumo criada por William King em 1827, ou há mais de 169 anos desde a emergência da Cooperativa Pioneira de Rochdale, pode evidenciar-se a sua grande atualidade. Cabe destacar especialmente o princípio da gestão democrática, que foi implantado por cooperados trabalhadores, que o fizeram de forma audaz e inovadora no ambiente europeu de então, quando ainda não havia experiências de exercício do poder na base de “uma pessoa, um voto” no cenário político europeu de então. Essa forma inovadora de organização empresarial fazia parte do ambiente de lutas emancipadoras dos trabalhadores, como em processos de constituição de fábricas cooperativas ou de recuperação de fábricas falidas, como também em outras formas de manifestações reivindicatórias e de associativismo. Muitas dessas iniciativas operárias, tanto naquela época como também hoje, acabaram sendo agrupadas e misturadas com outras formas de organização, de fomento e de políticas públicas que buscam soluções mitigadoras para problemas estruturais tais como o desemprego e a exclusão social. Dessa forma, forças de resistência ou revolucionárias, movimentos da sociedade civil organizada, práticas assistencialistas, mutualismo, cooperativismo e solidariedade acabaram sendo partes de um mesmo projeto de Economia Social e Solidária.

Palavras-chave: economia solidária, políticas públicas, inovação econômica, cooperativismo, autogestão, empreendedorismo.

Biografia do Autor

Reni Luiz Stahl, SICREDI/Pioneira. Rua José da Silva Xavier, 150, Bairro Rondônia, Novo Hamburgo, RS, Brasil.

Formado em administração, com especialização em três cursos: metodologia do ensino superior, gestão empresarial e especialização em cooperativismo. Atuou como gerente no SENAI/RS na área de meios e fins. No cooperativismo, atua como conselheiro fiscal no SICREDI/Pioneira.

José Odelso Schneider, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Mestrado e Doutorado) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei, 93022-000, São Leopoldo, RS, Brasil. Também atua na Coordenação do CESCOOP.

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Publicado

2013-09-19

Edição

Seção

Artigos