A ascensão dos pobres a posições de elite político-administrativa no contexto do Cabo Verde pós-independente
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2013.49.1.07Resumo
A administração do Estado moderno cabo-verdiano, que resulta das profundas mudanças instituídas no decurso da segunda metade do século XIX, é feita, em grande parte, por naturais do arquipélago, cujo recrutamento ocorria predominantemente no seio das famílias mais favorecidas. Essa tendência prevalece ainda ao longo do século XX, conhecendo, entretanto, alguma alteração a partir dos finais do ano sessenta desse século. O presente artigo pretende analisar a ascensão de indivíduos das camadas populares a posição de elite político-administrativa com a institucionalização do Estado nacional a partir de 1975. No escopo deste ensaio, focalizaremos a nossa análise sobre as trajectórias da elite político-administrativa proveniente dos estratos sociais mais desfavorecidos da sociedade cabo-verdiana, procurando compreender as condicionantes históricas e as estratégias individuais e familiares que contribuíram para que sua presença se tornasse mais frequente no decurso do último quartel do século XX.
Palavras-chave: pobres, elites, escolarização.
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