Sob o signo da invisibilidade: Os trabalhadores rurais na produção familiar de pêssego no extremo sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2023.59.1.05

Palavras-chave:

Agricultura familiar, Trabalho invisível, Trabalho clandestino, Produção de pêssego

Resumo

O processo de institucionalização da agricultura familiar representa um ponto de inflexão na história agrária brasileira. Estado e sociedade civil reconhecem a vocação de uma categoria social que é central para o abastecimento alimentar nacional. Não obstante, pouca atenção é dada ao papel da agricultura familiar na geração de emprego e renda no meio rural. Nos estados meridionais do Brasil a produção de pêssegos é uma das atividades que emprega muitos trabalhadores avulsos em determinadas etapas do ciclo produtivo. Do ponto de vista teórico, tal realidade serve para romper com o mito de que a unidade familiar de produção se basta a si mesma ou de que são essencialmente as médias e grandes explorações que empregam a mão de obra rural. Este artigo explora estas e outras questões a partir de trabalho de campo baseado em metodologia qualitativa com ênfase em entrevistas realizadas com diversos atores mediante uso de roteiro semiestruturado. Este estudo demonstra a essencialidade do trabalho contratado, mas também a invisibilidade e a clandestinidade das relações contraídas entre agricultores familiares e empregados safristas.

Biografia do Autor

Flávio Sacco dos Anjos, Departamento de Ciências Sociais Agrárias - Universidade Federal de Pelotas

Doutor em Sociologia. Departamento de Ciências Sociais Agrárias. Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Professor Voluntário.

Patricia Schneider Severo, Universidade Federal do Pampa

Doutora em Agronomia pelo PPG em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da Universidade Federal de Pelotas - UFPEL (2018), com linha de pesquisa em Desenvolvimento Rural Sustentável. Mestra em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (2014). Professora da Universidade Federal do Pampa - Campus Jaguarão, RS

Nádia Velleda Caldas, Universidade Federal de Pelotas

Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Professora Voluntária.

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Publicado

2023-06-17

Edição

Seção

Artigos