Evoluções e revoluções na clínica psicanalítica infantil: da orientação aos pais à avaliação-intervenção conjunta pais-filhos

Autores

  • Helga S. Machado Quagliatto
  • Marines de Fátima Cunha
  • Ludmilla de Sousa Chaves
  • Luísa Guimarães Pajola
  • Karla Lemgruber

Resumo

Os estudos relatados sobre avaliação e intervenção psicanalítica com crianças indicam que o desenvolvimento de novas modalidades técni­cas promoveu uma série de evoluções e revoluções na clínica contemporâ­nea. A partir de Freud, Klein, Winnicott, Bion e Bick, inicia-se um processo de transformação, preconizando a Psicanálise Vincular e a inclusão dos pais no trabalho com crianças. Outros estudiosos continuaram esta trajetória, contribuindo com novas discussões. Em consonância com essas transfor­mações, iniciou-se em 2006 um grupo de estudos em Uberlândia-MG, cuja referência de trabalho é estudar, a partir da experiência clínica, a Avaliação e Intervenção Psicanalítica Conjunta Pais-Filhos. Esta proposta, que inclui a participação de todo o grupo familiar, analisa não só o funcionamento mental e o desenvolvimento emocional da criança que motivou a consulta, mas também a interação pais-filhos. Sendo assim, o trabalho incide em dois principais focos: o infantil e a comunicação do grupo familiar para integrar a experiência emocional. Em relação às alternativas terapêuticas, esta mo­dalidade técnica pode incluir inúmeras variáveis a serem analisadas para as indicações posteriores. Vale ressaltar que um dos objetivos é que o próprio grupo, com as pontuações do analista, conclua pela indicação ou não de aná­lise individual para um ou mais elementos do grupo familiar. Desta forma, finalizada a era dos psicanalistas se filiarem a uma única escola, é funda­mental reconhecermos a importância do conjunto de experiências clínicas que promovem elaborações teóricas e técnicas consistentes e diversificadas, e respeitá-las, fazendo, assim, ligações e recortes conforme o trabalho analí­tico exige em sua singularidade.

Palavras-chave: psicanálise infantil, revoluções clínicas, avaliação-interven­ção conjunta pais-filhos.

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Publicado

2021-05-30

Edição

Seção

Artigos