Reflexões sobre a pesquisa com grupos focais nas ciências sociais e humanas: a questão da quantidade de participantes, proveniência e local de organização

Autores

  • Ricardo Fernandes Pátaro Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar Sociedade e Desenvolvimento - PPGSeD - Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR/Campus Campo Mourão
  • Geiva Carolina Calsa Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá - UEM

DOI:

https://doi.org/10.4013/csu.2020.56.1.01

Resumo

Este artigo apresenta reflexões sobre a pesquisa com grupos focais a partir de investigação de doutorado em educação que utilizou a técnica no estudo de representações docentes. Na literatura, encontramos convenções para organizar grupos focais na pesquisa em ciências sociais e humanas. Destacam-se as recomendações de que os grupos focais sejam formados por um mínimo de 6 e um máximo de 8 pessoas, desconhecidas e reunidas em local neutro. Ainda que sejam importantes, tais convenções podem levar a um entendimento tácito de que haveria uma forma ideal de se trabalhar com grupos focais. O presente artigo tem por objetivo problematizar tais recomendações ao apresentar pesquisa que utilizou grupos focais fora dos padrões, com 20 pessoas conhecidas em seu próprio lugar de trabalho cotidiano. Os resultados retomam a importância de levar em consideração os objetivos de uma investigação ao organizar grupos focais. Diante de nossa experiência, concluímos que as convenções que incidem sobre os grupos focais são mais norteadoras do que prescritivas e organizamos sugestões para a condução de grupos focais na pesquisa em ciências sociais e humanas.

Palavras-chave: Grupo focal. Origem e histórico. Pesquisa qualitativa.

Biografia do Autor

Ricardo Fernandes Pátaro, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar Sociedade e Desenvolvimento - PPGSeD - Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR/Campus Campo Mourão

Professor Adjunto B do Centro de Ciências Humanas e Educação e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar Sociedade e Desenvolvimento (PPGSeD) da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR/Campus de Campo Mourão). Possui doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2015), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2008) e graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2001).


Geiva Carolina Calsa, Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá - UEM

Professora Adjunta da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e do Programa de Pós-Graduação em Educação da mesma universidade. Possui doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (2002), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1989), graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1979) e especialização em Psicopedagogia pela Centro de Estudos em Psicopedagogia- CEP/Curitiba.

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

Artigos