Reflexões sobre a pesquisa com grupos focais nas ciências sociais e humanas: a questão da quantidade de participantes, proveniência e local de organização
DOI:
https://doi.org/10.4013/csu.2020.56.1.01Resumo
Este artigo apresenta reflexões sobre a pesquisa com grupos focais a partir de investigação de doutorado em educação que utilizou a técnica no estudo de representações docentes. Na literatura, encontramos convenções para organizar grupos focais na pesquisa em ciências sociais e humanas. Destacam-se as recomendações de que os grupos focais sejam formados por um mínimo de 6 e um máximo de 8 pessoas, desconhecidas e reunidas em local neutro. Ainda que sejam importantes, tais convenções podem levar a um entendimento tácito de que haveria uma forma ideal de se trabalhar com grupos focais. O presente artigo tem por objetivo problematizar tais recomendações ao apresentar pesquisa que utilizou grupos focais fora dos padrões, com 20 pessoas conhecidas em seu próprio lugar de trabalho cotidiano. Os resultados retomam a importância de levar em consideração os objetivos de uma investigação ao organizar grupos focais. Diante de nossa experiência, concluímos que as convenções que incidem sobre os grupos focais são mais norteadoras do que prescritivas e organizamos sugestões para a condução de grupos focais na pesquisa em ciências sociais e humanas.
Palavras-chave: Grupo focal. Origem e histórico. Pesquisa qualitativa.
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